Trânsito, transportes e mobilidade urbana, com Roberta Soares

Mobilidade

Por Roberta Soares e equipe
COLUNA MOBILIDADE

Conheça as Faixas Azuis Metropolitanas, uma solução para os ônibus do Grande Recife

As propostas compreendem quatro corredores que permitiriam a conexão do Recife com Jaboatão e Olinda por faixas exclusivas para circulação dos coletivos

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Roberta Soares

Publicado em 05/07/2021 às 17:33 | Atualizado em 05/07/2021 às 17:36
As Faixas Azuis Metropolitanas são corredores intermunicipais de ônibus que poderiam beneficiar, de cara, 400 mil passageiros na RMR
As Faixas Azuis Metropolitanas são corredores intermunicipais de ônibus que poderiam beneficiar, de cara, 400 mil passageiros na RMR - JAILTON JR/JC IMAGEM

A ideia não é nova, mas teria um efeito bastante positivo para o transporte público por ônibus da Região Metropolitana do Recife. As Faixas Azuis Metropolitanas, a versão metropolitana das Faixas Azuis da capital, conectariam as cidades e representariam um alívio para o passageiro que reside no Grande Recife e precisa entrar e sair do Recife diariamente. Ou vice-versa. Mais prioridade nas ruas e avenidas significaria viagens mais rápidas, menos tempo nos coletivos e, consequentemente, menos risco de contaminação em plena pandemia de covid-19.

Cadê as Faixas Azuis para os ônibus no Recife?

As chamadas Faixas Azuis, nome criado pela gestão municipal do PSB, foram ampliadas no Recife - que chegou a 62 quilômetros em sete anos -, mas sem qualquer conexão com os municípios vizinhos. Ao contrário, a prioridade viária praticamente inexiste nas cidades da RMR. Jaboatão dos Guararapes e Olinda são as únicas a terem pequenos trechos de faixa em três vias, o que é muito pouco. Propostas de conexões metropolitanas, no entanto, não faltam. Mas seguem esbarrando no individualismo das gestões municipais.

CONHEÇA AS PROPOSTAS DAS FAIXAS METROPOLITANAS

Faixas Azuis Metropolitanas - Artes JC

Há três anos, a Urbana-PE, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco, tenta emplacar a proposta das Faixas Azuis Metropolitanas, corredores intermunicipais de ônibus que poderiam beneficiar, de cara, 400 mil passageiros. As propostas compreendem quatro corredores que permitiriam a conexão do Recife com Jaboatão e Olinda por faixas exclusivas para circulação dos coletivos. E a um custo baixo, já que a implantação de Faixa Azul é barata: um quilômetro custa, aproximadamente, R$ 20 mil sem fiscalização eletrônica e R$ 40 mil com radares, segundo valores estimados pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

Há Faixas Azuis, como a da Avenida Domingos Ferreira, que tem conexão com a da Avenida Antônio de Góes, nos bairros do Pina e de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, que tiveram ganhos de 118% na velocidade dos coletivos - JAILTON JR/JC IMAGEM

A VANTAGEM DAS FAIXAS AZUIS

Atualmente, menos de 20% dos passageiros da RMR usufruem dos benefícios da priorização viária ao transporte coletivo oferecida pelas faixas exclusivas. E olhe que eles são muitos. Há Faixas Azuis, como a da Avenida Domingos Ferreira, que tem conexão com a da Avenida Antônio de Góes, nos bairros do Pina e de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, que tiveram ganhos de 118% na velocidade dos coletivos.
Mesmo assim, a ampliação é lenta para a necessidade. Até na capital. Recife tem 2.400 quilômetros de vias e em 650 quilômetros os ônibus circulam por eles. Apenas 62 quilômetros têm algum tipo de priorização na via. Ou seja, de todas as ruas percorridas por ônibus na capital, aproximadamente 5% contam com faixa exclusiva de circulação. Na RMR esse percentual é infinitamente menor e, na maioria das cidades, inexiste.

OS GANHOS DAS FAIXAS AZUIS DO RECIFE

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