O movimento contrário à concessão pública do Metrô do Recife, que chegou a ser elaborada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e terminou engavetada pelo ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara, às vésperas das Eleições 2022, ganhou um reforço de peso: o apoio do senador pernambucano Humberto Costa (PT).
O senador participará da próxima reunião do Fórum Permanente Mobilidade e Defesa do Metrô, prevista para acontecer nesta sexta-feira, às 10h, na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE), no Recife.
O Fórum foi criado por provocação do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) e se consolidou como uma importante instância contra a estadualização e futura privatização do sistema metropolitano.
“O governo Bolsonaro promoveu um grande sucateamento do Metrô do Recife. Milhares de pernambucanos dependem todos os dias do sistema, que não apresenta segurança aos passageiros e nem aos funcionários. Paralisações são constantes e são frequentes os relatos de trens pegando fogo ou circulando com defeito de funcionamento”, criticou Humberto Costa.
“Mesmo tendo uma das tarifas mais caras do País, o metrô segue sobrevivendo com uma capacidade infinitamente menor do que a demanda e sem orçamento. Temos conversado sobre o tema e o governo Lula está sensível ao problema. É preciso modernizar a frota e aumentar a sua capacidade para garantir a mobilidade das pessoas e melhorar a vida dos usuários”, acrescentou o senador.
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Segundo a assessoria do senador, que estará presente representando o governo do presidente Lula (PT), o fórum também reunirá prefeitos e vereadores dos três municípios do Grande Recife que são diretamente atendidos pelo metrô: Recife, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho. Também são esperados representantes de entidades, centrais sindicais e os reitores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).
O objetivo da primeira reunião de trabalho do fórum em 2023 é debater ações para evitar que o projeto de estadualização/privatização volte a ser considerado pelo governo federal - já que está pronto e foi elaborado pelo BNDES e Ministério da Economia. E, ainda, buscar soluções para liberar recursos públicos para o metrô, que sofre com um sucateamento histórico, potencializado ainda mais na gestão de Bolsonaro.
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