Na realidade paralela vivida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ele se comporta como se fosse aquele adolescente que fica no oitão da igreja, esperando passar um menino mais fraco para dar-lhe uns sopapos enquanto aguarda que se espalhe pela cidade a fama de mal. Até que um dia, aparece um vizinho mais fortão, mais bem treinado e lá se vai o menino briguento de volta para sua vida de poucos amigos.
Na quarta-feira (5), o presidente convidou um grupo de amigos, preparou a claque e deitou falação que vai fazer isso e aquilo e ai de quem imaginar enfrentá-lo. Só faltou dizer que “se não, eu chamo a mãinha”.
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“Queremos a liberdade de fluxo. Queremos a liberdade para poder trabalhar. Queremos o nosso direito de ir e vir. Ninguém pode contestar isso” (…) O que o povo quer de nós é que sigamos o norte dado para esse povo, e todo o Artigo 5º. Eles querem trabalhar. Isso é crime? Querem o direito de ir e vir, ir à praia, ver um amigo. Querem o direito de ver um pastor, ir à igreja, ver seu padre. Que poder é esse dado a governadores e prefeitos?”, afirmou o presidente, enquanto ameaçava baixar um decreto liberando geral.
Acuado pela CPI, Bolsonaro vai insistir na estratégia [pouco eficiente] de atrair as atenções para seus “arroubos de retórica” nas palavras do ministro do STF, Marco Aurélio Mello. Tudo porque a CPI da Covid-19 começa a investigar o negacionismo do presidente da República, diante da pandemia. Mas o receio maior é de que os senadores convoquem o filho, Carlos Bolsonaro, para se explicar sobre um suposto ministério [da Saúde] paralelo onde chegaram a escrever uma minuta de decreto para modificar a bula da Cloroquina e incluir o medicamento no protocolo de atendimento médico contra a covid.
É em um momento desse que o país separa os homens dos meninos.
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Pense nisso!