A primeira etapa da campanha de vacinação contra a influenza (gripe), iniciada nesta segunda-feira (12) em todo o Brasil, vai até o dia 10 de maio, com a meta de imunizar, em Pernambuco, 1.168.257 pessoas de cinco grupos prioritários: crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, povos indígenas e trabalhadores de saúde. Pela ordem de prioridade, a segunda etapa inclui idosos a partir de 60 anos e professores, que devem ir aos pontos de saúde ou outros pontos de imunização entre 11 de maio e 8 de junho. Esse público totaliza 1.356.512 pessoas.
Já no terceiro e último momento, que ocorre de 9 de junho a 9 de julho, há mais grupos prioritários, mas eles somam um número menor de pessoas, em comparação às duas fases anteriores. Esse público, formado por 991.531 indivíduos, inclui quem tem comorbidades (doenças preexistentes, como diabetes), pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, forças de segurança e salvamento, forças armadas e funcionários de sistema de privação de liberdade, além de população privada de liberdade, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas.
É importante destacar que, mesmo com o início de cada nova etapa, as pessoas incluídas nos grupos anteriores podem continuar recebendo a vacina da mesma forma. Em Pernambuco, ao longo das três fases, a mobilização contra gripe pretende imunizar mais de 3,5 milhões de pessoas até o mês de junho. "A campanha contra a influenza ocorre em paralelo à vacinação contra a covid-19. Importante lembrar que, caso alguém seja prioritário em ambas as iniciativas, é preciso um intervalo mínimo de duas semanas entre as doses", informa a superintendente de Imunização da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES), Ana Catarina de Melo. Desta forma, a vacina contra o novo coronavírus deve ser priorizada e, por isso, é indicado que as pessoas dos grupos elegíveis concluam o esquema vacinal (da covid-19) antes de receberem a vacina a dose contra influenza.
Para dar início à ação, o Ministério da Saúde encaminhou para o Estado 338.400 doses do imunizante contra a influenza, e o insumo já foi distribuído a todas as 12 Gerências Regionais de Saúde, que fizeram a entrega aos municípios. Na capital pernambucana, a estratégia da prefeitura é descentralizar os locais de vacinação, a fim de evitar aglomerações. Por isso, a imunização contra gripe acontece em 153 unidades da Secretaria Municipal de Saúde, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Além disso, há também três parques da cidade onde está ocorrendo a vacinação: Sítio Trindade, em Casa Amarela; Parque 13 de maio, na Boa Vista; e Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. Durante a semana, a imunização nesses locais acontece das 8h às 17h. Já aos sábados e domingos, será das 7h às 19h.
"A gente pede que as pessoas que fazem parte do público-alvo compareçam até alguma unidade de saúde, ou até um dos três parques, para receber a imunização. É importante que a população saiba que a vacina contra gripe é tão importante quanto à contra covid-19, porque a influenza também é uma doença que pode se agravar, levando até ao óbito", alertou a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque.
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A dona de casa Rebeca Arruda, que mora na Comunidade do Pilar, no Bairro do Recife, foi à Upinha da área pegar um medicamento, e, como estava com o filho nesta segunda-feira (12), Humberto Júlio, de 4 anos, já saiu da unidade com ele vacinado. "Sempre venho aqui para pegar meu remédio. Aí, quando cheguei, disseram que ele tinha que tomar a vacina de gripe. Então, aproveitei", disse. Quem também compareceu foi Ana Paula Leite, que foi levar o filho, Antony Samuel, de 4 anos, para tomar a vacina. Além dele, ela também recebeu a dose, já que teve bebê há trinta dias. "O agente comunitário de saúde disse que era para eu trazer ele. Mas, quando cheguei, disseram que eu também podia. É bom porque já aproveitei", disse Ana Paula.
A dose contra a gripe não tem eficácia contra o novo coronavírus, mas a imunização vai ajudar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para covid-19, já que alguns dos sintomas são parecidos com os da influenza. O objetivo é reduzir as complicações, internações e a mortalidade decorrentes das infecções provocadas pelos vírus influenza H1N1, H3N2 e B.