Há dores de cabeça e dores de cabeça, concordam?
Existem desde aquelas que aparecem do nada e passam rapidinho até outras que perduram por dias e vêm acompanhadas de enjoos, vômitos, aura, hipersensibilidade à luz e ao barulho.
Nesta sexta-feira (19), Dia Nacional do Combate às Cefaleias, é importante alertar sobre o impacto das cefaleias (termo técnico para dores de cabeça) na vida das pessoas e o que fazer para combatê-las.
O objetivo da data é orientar a população sobre os tipos de dores de cabeça e o reconhecimento das diferenças entre as cefaleias primárias (sem gravidade e que não oferecem risco imediato ao paciente) e as cefaleias secundárias, que podem ter consequências graves (veja explicação ao longo desta matéria).
O médico neurologista, coordenador da enfermaria da Neurologia e do ambulatório do Hospital Pelópidas Silveira, Fernando Travassos, ressalta a importância da disseminação de informações corretas sobre as cefaleias. Atualmente, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), essas dores de cabeça atingem mais da metade da população mundial.
"É importante saber que existem mais de 100 tipos de dores de cabeça (cefaleias) e, em hipótese alguma, elas devem ser negligenciadas", alerta o médico neurologista do Pelódias Silveira Fernando Travassos.
"A indicação é que se procure um médico nos casos de mais de três dores de cabeça por mês, há mais de três meses. A busca por um especialista é fundamental para um diagnóstico precoce, preciso e um tratamento correto", acrescenta o neurologista.
Os principais tipos de dores de cabeça são: cefaleia tipo tensão, enxaqueca e cefaleia crônica diária.
O médico avalia a frequência da dor de cabeça, a intensidade e o impacto no dia a dia.
Ou seja, o especialista analisa se a dor de cabeça limita ou não a capacidade diária de realizar atividades habituais, incluindo cuidar da casa, trabalho, estudos e atividades sociais e físicas.
"Todos os impactos sobre a qualidade de vida do paciente são mensurados na avaliação. Outra atitude que deve ser evitada é a automedicação, realizada com frequência por nossa população", diz Travassos.
O neurologista alerta ainda sobre a necessidade de saber diferenciar os variados tipos de dores de cabeça, já que algumas podem estar atreladas a condições mais graves, como é o caso das cefaleias secundárias.
A dor de cabeça secundária por vir acompanhada de sintomas neurológicos, como:
"Algumas doenças neurológicas, mais graves, podem estar associadas a um quadro de dor persistente e incômoda, como tumores cerebrais, aneurismas, acidente vascular cerebral, meningite ou outras situações de risco", ressalta Fernando Travassos.
"Nesses casos, é indicado que se procure uma assistência médica imediata para uma investigação mais completa, incluindo exames laboratoriais e de imagem", acrescenta o neurologista.
O neurologista Igor Bruscky tira as dúvidas sobre o assunto abaixo: