Com 21 casos descartados, Fernando de Noronha zera suspeitas de coronavírus na ilha

Entre os 30 casos confirmados no total, restam dois pacientes em recuperação na Ilha
JC
Publicado em 08/06/2020 às 9:22
Dos 127 casos, 126 estão recuperados e um paciente está em quarentena Foto: HEUDES REGIS/ACERVO JC IMAGEM


As 18 pessoas que tiveram contato com os dois últimos casos confirmados para coronavírus, no dia 3 de junho, na ilha de Fernando de Noronha, arquipélago pernambucano que estava há um mês sem novos registros devido ao lockdown pioneiro no País, tiveram diagnóstico negativo para covid-19, de acordo com o último boletim do domingo (7). Além dos 18 casos que tiveram contágio com os novos infectados, mais 3 casos estavam sob investigação. Os 21 casos, no total, foram descartados. Com isso, não há mais nenhum caso suspeito da doença no arquipélago.

Dos 30 casos da doença que foram registrados ao todo em Noronha, apenas os dois novos pacientes se encontram em recuperação, sendo eles uma mulher, de 56 anos, e homem, de 50 anos. Ambos são voluntários do Estudo Epidemiológico que vem sendo realizado em Noronha, diagnosticados com o novo coronavírus e cumprem quarentena, em isolamento domiciliar. Os dois casos são assintomáticos.

Os dois novos casos eram esperados, de acordo com o administrador geral da ilha Guilherme Rocha, porque Noronha está realizando testagem em massa na população. "Estava dentro da nossa perspectiva. Quando começamos a testar em maior número, tem a possibilidade de detectar novos casos. Justamente por isso estamos fazendo a testagem em grande número. Já testamos um terço da população, detectamos dois novos casos, que são casos leves e já estão devidamente isolados", afirmou em entrevista pela Rádio Noronha, transmitida no Instagram da TV Golfinho.

Flexibilização das atividades

A partir desta segunda-feira (8), dentro do Plano de Convivência das Atividades Econômicas, estabelecido pelo Governo do Pernambuco, o comércio atacadista passa a ser liberado para funcionamento em todo o estado. Ainda, o setor de construção civil também poderá atuar com 50% de seu efetivo, em horário livre.
Na próxima quarta-feira (10), clínicas e consultórios médicos, odontológicos e veterinários, óticas, clínicas de fisioterapia e de psicologia também retornam às atividades.

Estudo epidemiológico

Está em curso na ilha um estudo epidemiológico que vai avaliar a circulação do novo coronavírus em Fernando de Noronha. Nesta primeira etapa da pesquisa, amostras de 900 voluntários, de todas as regiões da ilha, já foram enviadas ao Recife para exames. Os moradores que aceitaram participar da pesquisa serão submetidos a exames por um período de um ano, durante o qual terão acompanhamento da equipe responsável. O estudo fornecerá evidências para orientar ações de vigilância e controle da doença e também irá apoiar a tomada de decisão da Administração na retomada das atividades sociais e econômicas na ilha.

Praias liberadas com restrições

O acesso às praias de Fernando de Noronha está liberado desde o último dia 25 de maio. Entretanto, existem alguns protocolos de prevenção da doença, que pode estar circulando de forma assintomática na ilha. São permitidas atividades físicas e náuticas, individuais, e prática de esportes com grupos de no máximo 4 pessoas, sem contato físico.

Ainda, estão proibidas aglomerações com mais de cinco pessoas, respeitando o distanciamento físico de dois metros entre elas, a realização de atividades de comércio, a venda ou consumo de bebidas alcoólicas e a utilização de guarda-sóis e toldos, etc.

Aeroporto continua suspenso

Devido ao alto risco da entrada de pessoas contaminadas na ilha, permanece suspenso o desembarque de qualquer pessoa no Aeroporto Wilson Campos. Uma equipe composta por representantes da administração e profissionais da área de saúde do Estado preparam um protocolo rígido de medidas de proteção para voltar a permitir a entrada de moradores e servidores na ilha, de forma segura, impedindo assim que o vírus volte a circular no arquipélago.

Desembarque com pessoas infectadas

No dia 19 de maio, moradores do arquipélago realizaram um protesto em frente à casa do administrador da ilha. Entre os motivos, o principal foi por conta do desembarque no aeroporto local de 13 pessoas que estariam com os sintomas de coronavírus. De acordo com testemunhas, um voo que saiu do Recife teria chego à ilha com 33 pessoas. Todas haviam feitos os exames, no continente, mas os resultados só saíram após os passageiros terem desembarcados na ilha. Após os protestos o Aeroporto de Fernando de Noronha

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