Durante o mês de junho, o RioMar Recife, no bairro do Pina, na Zona Sul da capital pernambucana, recebe a Mostra São João, Cordel e Cangaço. A exposição reúne itens de ícones da música regional, como Luiz Gonzaga e Dominguinhos; do cordel, com J. Borges e José Costa Leite; e no cangaço, Lampião e Maria Bonita, casal que fez história no Nordeste. Com entrada gratuita, a Mostra fica localizada no Piso L3 do centro de compras até o dia 22 de junho.
Com produção da Cactus Promoções e curadoria assinada por Afonso Oliveira, Ângelo Filizola e Anildomá Willams, a exposição tem como objetivo levar o público a uma viagem ao imaginário da cultura popular. Com objetos raros, casas e igreja cenográficas, móveis, fotografias, xilogravuras e documentos, a Mostra reúne pela primeira vez três tradições de grande valor cultural: o São João, maior festa popular nordestina; o Cordel, expressão fantástica da poesia popular; e o Cangaço, com suas histórias de luta, mistérios, arte e política. A história dessas tradições também será contada por meio dos seus ícones e lendários mestres.
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De acordo com Ângelo Filizola, a exposição conta com uma linha do tempo com a trajetória de Maria Bonita e Lampião e possui objetos de grande importância para a cultura. "Temos o óculos do rei do cangaço, o gibão e o chapéu de Luiz Gonzaga usado por ele na foto do LP 'Danado de Bom', o gibão de Dominguinhos usado na gravação, ao vivo, do seu primeiro LP em Fazenda Nova, e uma cortina de literatura de cordel, dos famosos cordelistas e xilogravuristas J. Borges e José Costa leite”, contou.
A exposição é composta por itens de diversos acervos. Da Fundação de Cultura de Serra Talhada, por exemplo, foram levados até o RioMar o óculos de Lampião e a escrivaninha do fotógrafo Sírio-Libanês Benjamin Abrahão, que documentou o cangaço.
Também estão expostos o gibão e chapéu de Luiz Gonzaga e Dominguinhos, que pertencem aos acervos do biógrafo de Luiz Gonzaga, Paulo Vanderley, e da família do sanfoneiro Waldonys. Já dos mestres Costa Leite e J. Borges estão na mostra matrizes de literatura de cordel, matrizes de xilogravuras e ferramentas de seus próprios acervos.
Do acervo do Galo da Madrugada, a Mostra conta com casas e igreja cenográficas que fazem parte do tradicional São João que o clube realiza no bairro de São José, na área central do Recife.
Para a gerente de marketing do RioMar, Denielly Halinski, a mostra busca reunir elementos que evidenciam a cultura da região. “A ideia dessa mostra é unir arte e cultura expressadas na música, literatura e tradições populares tão presentes, principalmente, no período junino”, explicou.
Sobre os curadores
A Mostra São João, Cordel e Cangaço tem três grandes curadores. Afonso Oliveira é produtor cultural, curador, compositor, poeta e artista plástico. Com mais de 30 anos de estrada, ele tem uma trajetória na cultura popular pernambucana.
Já Anildomá Williams é secretário de cultura de Serra Talhada, além de presidente do Museus de Lampião. Anildomá também é ator, diretor teatral, escritor e um dos mais importantes colecionadores da história do cangaço.
Ângelo Filizola, por sua vez, é um produtor cultural com 35 anos de experiência. Filizola tem sua trajetória marcada pela produção da música pernambucana e de importantes eventos, com nomes popular brasileira.
A produção executiva da exposição é de Pedro Francisco de Souza. A designer Carla Gama assina o Projeto Expográfico.