VIOLÊNCIA

Governo de Pernambuco promete ajuda à mulher trans queimada no Recife

Além do apoio à saúde física e mental da vítima e de seus familiares, o governo promete ajudar na investigação criminal do caso

Cadastrado por

Roberta Soares

Publicado em 26/06/2021 às 11:20 | Atualizado em 26/06/2021 às 11:21
Os posicionamentos do poder público, vale ressaltar, começaram depois que a comunidade LGBTQIA+ passou a fazer cobranças nas redes sociais. Terminal de Santa Rita é conhecido pela insegurança - DAY SANTOS/JC IMAGEM

Depois de o prefeito do Recife, João Campos (PSB), fazer um posicionamento pessoal nas redes sociais e colocar a estrutura do município para ajudar, o governo de Pernambuco se posiciona contra um episódio de LGBTFOBIA. O Estado anunciou também estar acompanhando de perto a mulher trans que teve o corpo incendiado, no Centro do Recife, na madrugada da sexta-feira (25/6). Além do apoio à saúde física e mental da vítima e de seus familiares, o governo promete ajudar na investigação criminal do caso.

Mulher trans agredida no centro do Recife teve 40% do corpo queimado

Adolescente é suspeito de atear fogo em mulher trans no Recife; vítima teve 40% do corpo queimado

Como o caso Roberta, trans incendiada viva no Recife, evidencia violência contra comunidade LGBTQIA+

João Campos diz ser ''intolerável'' tentativa de homicídio à mulher trans que teve corpo queimado no Recife

 

Mulher trans de 33 anos teve 40% do corpo queimado e está internada no Hospital da Restuaração. Suspeito seria um adolescente, já detido - Foto: Diego Nigro/Acervo JC Imagem

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco (SJDH-PE), por meio da Executiva de Direitos Humanos (SEDH), está responsável pelo acompanhamento. “A SEDH já mobilizou a equipe do Centro Estadual de Combate à Homofobia (CECH) para realizar todos os encaminhamentos e acompanhamentos necessários. A SJDH também ressalta que está em articulação com o Centro Municipal do Recife e as Secretarias Estaduais de Desenvolvimento Social Criança e Juventude (SDSCJ), da Mulher (Sec. Mulher), de Defesa Social (SDS) e de Saúde (SES), bem como a mandata coletiva Juntas e entidades da sociedade civil, a fim de realizar um atendimento conjunto com a vítima e seus familiares, com o objetivo de garantir seus direitos”, diz o comunicado encaminhado à imprensa.

Os posicionamentos do poder público, vale ressaltar, começaram depois que a comunidade LGBTQIA+ passou a fazer cobranças nas redes sociais e a violência sofrida pela mulher trans no Terminal de Santa Rita, no bairro de São José, Centro da capital, foi parar na mídia. Segundo o Estado, uma reunião com as secretarias e órgãos envolvidos já está sendo marcada para a próxima semana. “A SJDH repudia qualquer ato de violência, preconceito ou discriminação contra a população LGBTQIA+, se solidariza com a vítima e destaca que casos de violações de direitos humanos contra a população são crime na forma da Lei nº 7.716/89, a qual se caracteriza por ser inafiançável e imprescritível”.

E pede que casos semelhantes não deixem de ser denunciados pelos canais: (81) 3182-7665/ 3182-7607, pelo e-mail centrolgbtpe@gmail.com, ou presencialmente na sede do órgão localizado na Rua Santo Elias, 535, bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife. Garante, ainda, a preservação da identidade do denunciante.

Tags

Autor

Veja também

Webstories

últimas

VER MAIS