Equipe de João Campos começa a tomar forma e nomes experientes são considerados para o governo

Com um tempo menor para a transição de governo, apenas 30 dias, a construção do secretariado ganha ritmo acelerado a partir da próxima semana
Mirella Araújo
Publicado em 17/12/2020 às 20:49
EXPERIENTE.O secretário de Educação, Fred Amâncio, é um dos cotados para a equipe de João Campos Foto: HEUDES RÉGIS/DIVULGAÇÃO


Com a missão de compor a equipe em um prazo menor, com 50% dos cargos ocupado por mulheres e abrir espaços para 11 partidos que deram sustentação ao seu palanque, o prefeito do eleito do Recife, João Campos (PSB), começa a intensificar a montagem da estrutura de seu secretariado a partir da próxima semana. Enquanto há uma prioridade na construção de um novo organograma do Executivo municipal, alguns nomes começam a ser ventilados no intuito de dar um suporte experiente em seu primeiro mandato.

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Tido como uma espécie de coringa no governo do PSB, o secretário estadual de Educação, Fred Amâncio, é um dos nomes cogitados para integrar a equipe de João Campos. Durante a campanha, o socialista fez questão de destacar seu papel na área da educação enquanto parlamentar, tendo coordenado, inclusive, a Comissão Externa de Acompanhamento dos Trabalhos do Ministério da Educação (Comex/MEC).


Além disso, o prefeito eleito prometeu que a educação seria prioridade em seu governo, desde a duplicação do número de vagas de creches, a alfabetização na idade certa, e o estímulo à formação profissional com bolsas de estudos para jovens da rede pública municipal - com o programa Embarque Digital. Segundo Campos, em sua gestão,  a capital pernambucana estará entre as capitais com o melhor desempenho no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) - para essa conquista, as metas alcançadas pelo Estado através do trabalho desempenhado por Fred Amâncio, teriam um peso significativo.

Outro nome cogitado é o do secretário estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Sileno Guedes, que também é presidente estadual do PSB e foi secretário de Governo e Participação Social na gestão de Geraldo Julio, entre 2013 e 2018. No entanto, suas pretensões políticas para as eleições de 2022, poderiam ser um empecilho e, por isso, seria melhor permanecer no Governo do Estado, podendo vir a ocupar a chefia de gabinete do governador Paulo Câmara - vaga a ser deixada por Milton Coelho, que assume como deputado federal em 2021.

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No caso do secretário Executivo de Coordenação Estratégica, Antônio Limeira, outro nome também ventilado nos bastidores, duas possibilidades estão sendo avaliadas, entre ir para a Prefeitura do Recife ou estar entre os candidatos a assumir a chefia de gabinete do governador. Essas tratativas estão sendo alinhadas em conjunto com a reforma administrativa que Paulo Câmara deverá realizar.

Há nomes da atual gestão no âmbito municipal que também estão sendo estudados para permanecerem no primeiro escalão, como as secretárias de Turismo, Esporte e Lazer, Ana Paula Vilaça, e de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos, Ana Rita Suassuna - ambas por seu desempenho à frente das pastas e como forma de validar a distribuição de cargos para cota feminina prometida em campanha.

Em entrevista ao apresentador Datena, no dia 2 de dezembro, João Campos já havia comentado sobre como se dará a composição de sua equipe, em que o perfil técnico e político estarão alinhados. “A gente tem que ter para determinada área indicada uma pessoa que tenha uma estrita capacidade técnica para entregar aquela solução. Depois tem dois pontos que não podem ser excluídos, que é a sensibilidade social e uma sensibilidade política. Você não pode achar que alguém que vai exercer cargo público, ele tem que ser isento de sensibilidade política”, declarou na ocasião.

PRESSÃO

Nos bastidores, há quem enxergue com naturalidade a “ansiedade” dos partidos aliados, dado o tempo mais curto para o período de transição, mas que os espaços estão sendo desenhados com cautela, ressaltando que a prioridade será no “choque robusto de gestão”, não só em termos de otimização orçamentária com investimento na tecnologia e inovação aberta, mas trazer para a gestão novos rostos que expressem sua própria marca do futuro gestor. Formam o arco partidário da Frente Popular do Recife o PP, MDB, PSD, Avante, Solidariedade, Rede, PcdoB, PDT, Republicanos, PROS e o PSB.

Hoje, a equipe de transição de João Campos conta com a economista e especialista em gestão, Maíra Fischer, a servidora pública estadual e especialistas em planejamento e gestão, Pamela Alves, o servidor público federal Marcos Toscano e o vereador eleito Carlos Muniz - que ao ingressar na gestão abrirá vaga para o vereador Rinaldo Junior (PSB), que não conseguiu ser eleito e ficou na primeira suplência. Os demais quadros devem também devem assumir cargos prioritários. 

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