Os bastidores do Sport ficaram em plena efervescência política após o pedido de renúncia do presidente Milton Bivar e do vice-presidente Carlos Frederico, que oficializaram a decisão nessa terça-feira (15). Com isso, o presidente do Conselho Deliberativo do Leão, Pedro Lacerda, divulgou, nesta quarta-feira (16), um pronunciamento sobre os próximos passos a serem seguidos sobre o processo eleitoral do clube, que possui os dois principais cargos do executivo em vacância. Na ocasião, ele falou sobre o período de turbulência fora dos gramados, mas destacou que o momento é de união e paz para, de forma conjunta, colocar o rubro-negro nos trilhos.
"O clube necessita agora de uma grande pacificação. Passamos por um processo eleitoral duro, intenso, que muito foi além dos limites da boa convivência e da serenidade que uma instituição do tamanho do nosso querido Sport Club do Recife precisa. Infelizmente as feridas não foram saradas. O tempo foi muito curto e quis Deus e o destino que esse fato, num primeiro momento perturbador para todos nós, possa ser convertido num renascimento, uma nova comunhão entre todos aqueles que amam e se propõem a participar da vida política do clube", afirmou.
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Pedro Lacerda também pontuou que sua função junto ao vice-presidente Gustavo Oiticica e toda mesa diretora do Conselho Deliberativo é de buscar a estabilidade política e institucional do Sport, começando pela reunião extraordinária agendada para a noite desta quarta-feira, às 19h, que vai tratar sobre as renúncias e as respectivas vacâncias dos cargos. O encontro terá a participação exclusiva dos conselheiros.
"Faço uma convocação, a partir do órgão que presido, para que meus pares conselheiros que eliminem a hipótese de carregar qualquer sentimento de negativismo, de rancor, de mágoa... que esses sentimentos que possam existir, a começar pelo conselho, sejam eliminados. É o momento de pacificação. É o momento de conciliação. O nosso clube não suporta e não suportará mais um grande embate político traduzido num processo eleitoral, uma vez que a menos de 90 dias acabamos de passar por esse traumático momento da vida do clube. A minha colocação voltada a todos é de total serenidade", disse.
Na tarde desta quarta-feira, um grupo de torcedores do Sport compareceu a Ilha do Retiro para protestar contra a realização de eleições indiretas. No ato, eles pediram democracia e "diretas já" para escolher os novos mandatários que vão substituir Milton Bivar e Carlos Frederico. Em meio ao imbróglio, existe prerrogativa que aponta para uma eleição indireta, no artigo 88, como também para um pleito direto, no artigo 86. Ambos os casos serão analisados, debatidos e decididos na reunião extraordinária, que acontece nesta quarta-feira.
No encontro, inclusive, o presidente do Conselho Deliberativo fez questão de afirmar que qualquer decisão será tomada em conjunto com os membros do órgão. "O fato acontecido vai ser trabalhado pelo colegiado do conselho na reunião de logo mais. É importante frisar que a presidência do Conselho Deliberativo não possui a prerrogativa de uma decisão isolada. Não tenho estatuariamente esse poder de indicar qual é o caminho para que o clube volte a normalidade na sua gestão executiva e também não depende da minha análise individual apontar o destino que a eleição que será realizada terá", ressaltou Pedro Lacerda.
"Mesmo que o estatuto me desse esse poder, como sempre fiz na minha vida pessoal, como diretor do clube e agora como presidente do conselho, essa decisão seria por mim colocada ao colegiado, ao plenário do conselho, que com certeza de todas suas capacidades, o clube voltará a sua normalidade institucional, sendo assim preparada a questão eleitoral", acrescentou.
Ele encerrou o pronunciamento da mesma forma que iniciou: focando numa conciliação conjunta em prol do Sport. "Termino esse pronunciamento fazendo uma grande convocação de um esforço coletivo envolvendo os ex-presidentes do clube, ex-presidentes do Conselho Deliberativo, ex-diretores, sócios, torcedores, para que emanados, nós possamos transformar esse momento de tristeza num momento de um renascimento, de união, porque como sabe Pernambuco, o Nordeste e o Brasil, o Sport unido é imbatível", finalizou.
Pronunciamento na íntegra do presidente do Conselho Deliberativo, Pedro Lacerda:
Uma vez que aconteceu, no dia de ontem, a vacância simultânea dos cargos de presidente e vice-presidente do executivo, o Conselho Deliberativo, logo que foi cientificado dessa decisão que gerou a dita vacância, passou a tratar dos assuntos que lhe dizem respeito e que lhes são incumbência estatutária deste conselho. A minha atribuição, o meu compromisso, de Oiticica, da mesa diretoria do Conselho Deliberativo, com o clube continua vigendo e mantido, e será fielmente cumprido até o último dia dos nossos mandatos.
Venho comunicar a todos que nesse momento que o Sport passa por um fato inesperado, cabe a cada um de nós conselheiros, membros da mesa diretora do conselho, dirigentes, ex-dirigentes, sócios, torcedores, ter tranquilidade, serenidade e buscar de uma forma intransigente o melhor cenário para sucessão do Poder Executivo. O clube necessita agora de uma grande pacificação. Passamos por um processo eleitoral duro, intenso, que muito foi além dos limites da boa convivência e da serenidade que uma instituição do tamanho do nosso querido Sport Club do Recife, o maior clube do Norte e Nordeste, precisa. Digo, de forma muito clara, que infelizmente as feridas não foram saradas. O tempo foi muito curto e quis Deus e o destino que esse fato, num primeiro momento perturbador para todos nós, possa ser convertido num renascimento, uma nova comunhão entre todos aqueles que amam e se propõem a participar da vida política do clube.
A minha função, a função de Oiticica e da mesa diretora do Conselho Deliberativo sempre foi e será de buscar a estabilidade política e institucional do clube. É uma missão muito maior do que a presidência do conselho e das pessoas físicas que agora se colocam (a minha e a de Oiticica representando todo o conselho). Faço uma convocação a partir do órgão que presido para que meus pares conselheiros, soberanos decisores que serão dos destinos do clube na sessão extraordinária que logo mais será realizada para que eliminem a hipótese de carregar qualquer sentimento de negativismo, de rancor, de mágoa... que esses sentimentos que possam existir, a começar pelo conselho, sejam eliminados. É o momento de pacificação. É o momento de conciliação. O nosso clube não suporta e não suportará mais um grande embate político traduzido num processo eleitoral, uma vez que a menos de 90 dias acabamos de passar por esse traumático momento da vida do clube. A minha colocação voltada a todos é de total serenidade. O Conselho Deliberativo está presente, funcionando com total normalidade.
O fato acontecido vai ser trabalhado pelo colegiado do conselho na reunião de logo mais. É importante frisar que a presidência do Conselho Deliberativo não possui a prerrogativa de uma decisão isolada. Não tenho estatuariamente esse poder de indicar qual é o caminho para que o clube volte a normalidade na sua gestão executiva e também não depende da minha análise individual apontar o destino que a eleição que será realizada terá. Mesmo que o estatuto me desse esse poder, como sempre fiz na minha vida pessoal, como diretor do clube e agora como presidente do conselho, essa decisão seria por mim colocada ao colegiado, ao plenário do conselho, que com certeza de todas suas capacidades, o clube voltará a sua normalidade institucional, sendo assim preparada a questão eleitoral.
Faço e reitero para que aqueles (muito poucos) que encontram eco na sua postura de ódio e alimentação de raiva, de rancor, que guardem esses sentimentos negativos e se controlem. Se vocês amam o Sport, façam como nós estamos fazendo e sempre fizemos desde que a eleição chegou ao fim. É o momento de bandeira branca, de paz, de serenidade, de colocar e honrar o nosso lema: pelo Sport tudo. A democracia está assegurada. Nós fomos eleitos pela vontade soberana dos sócios. O estatuto é a regra, é o norte que faz com que o sentimento democrático expressado nas urnas seja mantido como guia para que o clube seja conduzido de forma tranquila e pacífica, como todo mundo deseja. Não vamos reverberar ideias e opiniões que não coloquem o Sport em primeiro lugar.
Termino esse pronunciamento fazendo uma grande convocação de um esforço coletivo envolvendo os ex-presidentes do clube, ex-presidentes do Conselho Deliberativo, ex-diretores, sócios, torcedores, para que emanados, nós possamos transformar esse momento de tristeza num momento de um renascimento, de união, porque como sabe Pernambuco, o Nordeste e o Brasil, o Sport unido é imbatível. A minha missão junto com Oiticica, com o Conselho Deliberativo e com cada um que diz que ama o Sport, é buscar a união e o melhor caminho para que o clube retome a sua trajetória de vitórias.
Nós temos um compromisso com nossos funcionários, com os atletas. Todos sabem que o que acontece fora das quatro linhas repercute nos vestiários. As providências iniciais também já foram tomadas, queria tranquilizar a todos. Ontem estive, junto com Oiticica, a diretoria de futebol. E, em um gesto de compromisso com o clube, mesmo tendo renunciado, o vice-presidente Carlos Frederico teve a elegância, preocupação, de ir ao clube, ao departamento de futebol, CT, para nós podermos conversar com o plantel, olhando nos olhos, passamos a realidade, tranquilizamos o plantel que o clube está com sua institucionalidade preservada, o Conselho é o guardião dessa instituição, se pronunciará de forma com que a paz seja o quanto antes reestabelecida.
Termino essas palavras deixando o meu abraço, pedindo aos amigos da imprensa uma compreensão, muitos têm nos desmandado, mas o fato ocorreu de forma muito imprevisível. E primeiro nós temos essa missão de buscar os caminhos para agora fazer essa comunicação a vocês que as medidas foram tomadas e o Conselho vai se reunir logo mais. E a partir dessa reunião nós poderemos voltar a dialogar, conversar, já com o quadro mais caro em relação a como fica a providência necessária para estabilizar o poder Executivo que no momento se encontra sem o presidente e o vice-presidente, que simultaneamente tomaram a decisão de renunciar.