Com a licença de 30 dias prestes a acabar, o retorno de Joaquim Bezerra como mandatário do Santa Cruz Futebol Clube se torna cada vez mais iminente. Previsto para voltar às atividades nesta sexta-feira (19), o presidente eleito terá um trabalho árduo para reconstruir a própria imagem de liderança na Cobra Coral.
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Nomeado há um mês como Diretor Executivo/CEO do clube Tricolor, Abdias Venceslau descartou qualquer possibilidade de renúncia por parte de Joaquim, apesar do presidente interino Marino Abreu - presidente do Conselho Deliberativo - ter mencionado em outra oportunidade que um nome de consenso para assumir o Santa Cruz faria o atual mandatário entregar o cargo.
"Em nenhum momento, durante esses dias de afastamento do presidente por sua licença, ele deixou o Santa Cruz de mão. Pelo contrário. Todos os dias a gente se falava, definia algumas situações que eram importantes para o clube, que tivesse a opinião e decisão dele. E durante todo esse período a gente trocou ideia e tomou as devidas decisões para o melhor do Santa Cruz", contou Abdias em entrevista à repórter Líllian Fonsêca da Rádio Jornal. "O Santa Cruz nunca deixou de ter presidente, e ele nunca abandonou o Santa Cruz e nem vai abandonar", completou.
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Joaquim Bezerra volta ao cargo em um momento um pouco diferente. O presidente "se despediu" quando o clube ainda vivia um clima de luto, recém rebaixado para a Série D e eliminado da Copa do Nordeste ainda nas eliminatórias. Entre os erros a serem destacados para que isso acontecesse está a falta de planejamento e conhecimento em como gerir um clube de futebol, isso admitido pelo próprio Joaquim. A quantidade de contratados - entre 41 atletas e cinco técnicos - na temporada também é a prova do quão falho foi esse planejamento.
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O departamento de futebol que esteve na ativa durante a temporada foi todo desintegrado e deu espaço para um novo, com Diego Hydalgo como gerente e Marcelo Segurado como diretor, além do técnico Leston Junior sendo peça importante nessa reformulação. Mas, por mais que a filosofia do clube mude para essa temporada, trazendo profissionais que, de fato, sabem como gerir o futebol, as dificuldades para formar uma equipe forte são ainda maiores.
Com um orçamento muito menor que o de 2021 - sem cotas de Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série C -, a realidade do Santa Cruz é de um clube menor do que o peso da camisa sugere para o Tricolor. O departamento de futebol terá que trabalhar com um elenco enxuto e folha salarial menor que R$ 150 mil para que as receitas que vier sejam suficientes para não dar prejuízo.
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