O nobre leitor pode fazer um exercício. Ir ao Google, configurar a pesquisa para alcançar o ano de 2018 e ver as notícias da época relacionadas a Bolsonaro (PL) durante a após as eleições.
É como visitar outro mundo em outra dimensão.
O presidente, que havia acabado de ser eleito, falava na parceria que pretendia ter com João Doria (PSDB) em SP.
Outra parceria que Bolsonaro anunciava animado era com Rodrigo Maia. O ex-presidente da Câmara tinha sido reeleito deputado e dava entrevistas explicando que o futuro era Bolsonaro e que Geraldo Alckmin, candidato apoiado pelo DEM de Maia, havia "ficado para trás". Ele dizia apoiar as propostas do economista Paulo Guedes, que "prega reformas liberais". O discurso da esquerda, segundo Maia dizia, "é velho”.
Nesse exercício, pode-se também revisitar uma pesquisa publicada pela CNI em 2018. Na época, 75% dos entrevistados diziam considerar que a equipe do presidente, prestes a assumir, estava no caminho certo.
Hoje, Bolsonaro patina em torno de 22% de aprovação popular, com tendência de queda.
Há alguns dias, Maia estava no jantar promovido por um grupo de advogados, com Lula (PT) e Alckmin.
Doria é um dos maiores inimigos do presidente e parceria nunca houve.
- A limonada de Ciro Gomes, batendo com gelo e açúcar os limões da Polícia Federal
- A falácia política sobre o passaporte de vacina para catar votos de uma patetice
- Lula, Geraldo Alckmin e Paulo Câmara juntos num jantar em São Paulo com advogados
- O curioso fenômeno das "mulheres que deixam de ser mulheres" dependendo da bandeira partidária
Bolsonaro também brigou com os militares e com o chamado núcleo ideológico.
Hoje está aliado com o Centrão, para sobreviver politicamente, mas vive ameaçado de abandono caso não faça o que lhe é ordenado.
Existem pessoas que consertam as coisas por onde passam.
E existe Bolsonaro.