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Por Mirella Araújo e equipe
ATO

Em protesto, professores da rede estadual cobram vacina e fechamento das escolas

O protesto acontece após novas medidas restritivas terem sido deflagradas em Pernambuco, mas as unidades de ensino permanecem com funcionamento normal

Cadastrado por

Katarina Moraes

Publicado em 04/03/2021 às 11:14 | Atualizado em 04/03/2021 às 15:36
Ato simbólico em março em frente à Secretaria Estadual de Educação, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife, que pedia pela suspensão das aulas presenciais - DIVULGAÇÃO/SINTEPE

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) realizam, na manhã desta quinta-feira (4), um ato simbólico que pede pela suspensão das atividades presenciais nas escolas no Estado em frente à Secretaria Estadual de Educação, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. O protesto acontece após novas medidas restritivas terem sido deflagradas em Pernambuco, mas as unidades de ensino permaneceram com funcionamento normal.

"Essa é uma luta da nossa categoria desde outubro de 2020. Na Justiça, o governo conseguiu manter as atividades presenciais e o Sintepe foi multado por lutar pela vida. Desde então, denunciamos os recorrentes casos de contaminação e os alarmantes índices da COVID-19 em nosso estado. Temos uma ação tramitando no Tribunal de Justiça de Pernambuco, detalhando nossos motivos em defesa da vida e contra as atividades presenciais", diz a nota do Sintepe publicada no início desta semana.

Além disso, os professores também reivindicam que trabalhadores em educação - professores, administrativos e analistas - sejam incluídos na primeira fase da vacinação em Pernambuco. O Sintepe argumenta que a categoria trabalha diariamente com públicos diversos, de forma consecutiva e em locais fechados, e, portanto, está exposta a um risco maior. Na lista do Ministério da Saúde, trabalhadores da educação do Ensino Básico e do Ensino Superior estão inclusos como prioridade. No entanto, os estados ainda não recebem doses suficientes para vacinar todos esses grupos, que somam 77,2 milhões de brasileiros.

Desde que donos de escolas privadas pressionavam a gestão estadual para reabrir escolas, o Sintepe defendia a manutenção das aulas apenas remotas. Após o governo anunciar o retorno presencial, o sindicato realizou greves e foi obrigado pela Justiça, sob ameaça de multa, a suspender a manifestação. Os professores, então, voltaram às escolas. 

No entanto, a classe argumenta que, agora, com o aumento dos casos de coronavírus no Estado e a consequente alta no percentual de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ocupadas, é essencial que as aulas permaneçam apenas de forma remota para evitar a disseminação entre alunos e trabalhadores da educação.

Em resposta às reivindicações do Sintepe, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco informou que acompanha diariamente junto com o Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid-19 os números da pandemia no Estado e nas escolas. "Também estamos monitorando o cumprimento do protocolo setorial de enfrentamento à Covid-19 nas escolas públicas e privadas de todo o estado. No momento, a avaliação é que as instituições de ensino têm atendido aos protocolos setoriais e estão funcionando de forma segura em Pernambuco. Reforçamos que os dados epidemiológicos continuarão sendo acompanhados juntamente com o Comitê", disse, por nota.

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