O Plano Retomada de Pernambuco, lançado pelo governo do Estado na terça-feira (3/8), prevê investimentos em projetos de infraestrutura antigos e até hoje polêmicos para sair do papel. Dos R$5 bilhões previstos no plano, pelo menos R$2 bilhões serão destinados a rodovias e projetos rodoviários, que terão papel importante na retomada econômica. Serão 258 obras públicas espalhadas em 130 municípios pernambucanos.
As principais intervenções relacionadas à infraestrutura de transporte e logística são a triplicação da BR-232 até a BR-408, na saída do Recife em direção ao interior do Estado; a reconstrução dos 120 quilômetros da BR-232 entre o Recife e a cidade de Caruaru, no Agreste do Estado; e o Arco Metropolitano - polêmico e antigo projeto que prevê um ramal rodoviário e expresso ligando a Zona da Mata Norte ao Porto de Suape, no Sul da Região Metropolitana do Recife, sem passar pelo contorno urbano da BR-101, entre Abreu e Lima e Jaboatão dos Guararapes. Está incluída, ainda, a requalificação da PE-15 (entre o Complexo de Salgadinho e o entroncamento com a BR-101, em Abreu e Lima, também no Grande Recife.
O Plano Retomada de Pernambuco também prevê a execução de parte do plano de requalificação das estradas - batizado como Programa Caminhos de Pernambuco -, que inclui as rodovias estaduais PE-17 (conhecida como Estrada da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife); PE-18 (que liga Abreu e Lima a Camaragibe, também no Grande Recife); o acesso à Praia de Muro Alto (em Ipojuca, Grande Recife); e PE-60 (acesso ao Litoral Sul do Estado); entre outras. Além da construção de quatro aeródromos: em Garanhuns, Caruaru, Serra Talhada e Araripina. Segundo promete o governo do Estado, parte dos investimentos começam ainda no segundo semestre deste ano. Essas obras devem gerar 38 mil vagas de empregos.
Como explica a Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos (Seinfra), que coordena o Caminhos de Pernambuco, a lógica é gerar emprego e renda e, consequentemente, contribuir para o escoamento da produção e fortalecimentos das atividades turísticas. Cada uma das ações – em andamento ou previstas – tem a missão de colaborar com o desenvolvimento dos polos econômicos, como o gesseiro, no Sertão do Araripe; o da fruticultura irrigada, no Sertão do São Francisco; e o da bacia leiteira e têxtil, no Agreste.