Os três vídeos exibidos nesta reportagem dispensam muito texto. Falam por si só. Não são novidade para os passageiros diários do Metrô do Recife - 200 mil pessoas após a pandemia de covid-19. Mas comprovam a destruição que está sendo promovida no sistema metropolitano.
Destruição bancada pelo governo federal, que em 2022 tem submetido o Metrô do Recife a sobreviver com aproximadamente 30% do orçamento de custeio que precisaria para garantir a operação básica.
Há pelo menos cinco anos a situação é parecida, mas até o ano passado esse percentual de recursos era de 50% do orçamento necessário. Este ano piorou.
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Mas a destruição do sistema que atende direta ou indiretamente toda a Região Metropolitana do Recife também acontece com a indiferença - ou pelo menos inércia - do governo de Pernambuco e das prefeituras das cidades beneficiadas por ele.
NINGUÉM FAZ NADA. Absolutamente nada e quem sofre é o passageiro.
“Levei 1h10 para sair da Estação Cajueiro Seco e chegar na Estação Recife, percurso que era feito em 30 minutos, no máximo”, reclama Lígia Gomes, passageira diária do sistema.
SISTEMA VAI PARAR
Segundo o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (SindMetro), é alto o risco de o Metrô do Recife suspender ou ao menos reduzir a operação devido à falta de peças para manutenção.
Segundo o presidente do sindicato, Luiz Soares, o sistema deveria estar operando, ao menos, com 18 ou 20 trens, sendo no mínimo 14/15 na Linha Centro (os dois ramais de maior demanda) e 5/6 na Linha Sul.
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VEJA um segundo vídeo nesse link do Youtube shorts: https://youtube.com/shorts/BxBojZLifwU?feature=share
Mas a operação atualmente está sendo realizada com, no máximo, 14 trens, chegando a 12 composições em alguns dias para as duas linhas. A Linha Centro operando com 8 trens e a Sul com 4 composições.
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Na tentativa de fazer pressão, os metroviários realizam uma assembleia no dia 6 de setembro para aprovar um indicativo de greve. O mês de setembro, inclusive, será de vários atos e reuniões para tentar atrair investimentos para o Metrô do Recife.