Raposas mais espertas na política têm recomendado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não soltar foguetes na noite de segunda-feira, ou na madrugada da terça, quando saírem os resultados das disputadas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
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Bolsonaro deve guardar os fogos de artificio primeiro porque soltar fogos é de uma idiotice sem tamanho, principalmente, ali onde mora o presidente, que é uma área ambiental sensível e pode espantar os animais do Cerrado, alguns em extinção.
Mas o motivo mais robusto para que o chefe do [Poder] Executivo não se assanhe nas comemorações, é que o “Centrão”, esse ajuntamento de partidos, é feito um caixeiro viajante, tem muita conversa para a qualidade do produto que entrega.
Em “Cem Anos de Solidão” Gabriel García Márquez (1927 — 2014) conta a história do cigano Melquíades que toda vez que passava na comunidade de Macondo, trazia uma novidade capaz de “revolucionar” o povoado: “[o cigano] fez uma truculenta demonstração pública daquilo que ele mesmo chamava de a oitava maravilha dos sábios alquimistas da Macedônia. Foi de casa em casa arrastando dois lingotes metálicos, e todo o mundo se espantou ao ver que os caldeirões, os tachos, as tenazes e os fogareiros caíam do lugar”. A oitava maravilha de Melquíades não passava de dois ímãs que a todos assustava.
O sábio conselheiro lembra que o “Centrão” é uma espécie de mercador que promete entregar mundos e fundos, mas que na hora das principais votações poderá deixar o presidente Bolsonaro sem um tostão furado para fazer cantar um cego na esquina.
Pense nisso!
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