É cedo para comemorações, ainda não é hora para se afirmar que já é possível enxergar a luz no fim do túnel, mas assim, de uma hora para outra, o jogo deu uma virada e acendeu-se um fio de esperança.
Depois do negacionismo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que chegou a afirmar que se as empresas fabricantes de vacina tivessem interesse em vender que procurassem o governo brasileiro, agora o Senado Federal entra na briga, identifica falhas da legislação e se oferece para intermediar a transação.
O projeto de lei autoriza não apenas a União, mas também estados e municípios a adquirirem os insumos. “É obvio que vamos construir uma fórmula que preserve o Programa Nacional de Imunizações (PNI), que preserve o Sistema Único de Saúde (SUS), em razão da sua universalidade. Vamos fazer isso a partir de agora. Não quero antecipar como será isso, mas asseguro que a solução está próxima”, resumiu o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Mas cedo, a multinacional Pfizer tinha se negado a vender a vacina ao Ministério da Saúde porque o presidente Bolsonaro tinha feito ataques às condições de negociação impostas pela fabricante de vacina. “Vamos supor que (no contrato) está escrito o seguinte: as fabricantes se desobrigam de qualquer ressarcimento ou responsabilidade com possíveis efeitos colaterais. É inadmissível, isso!”, disse o presidente.
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Na proposta de mudanças na legislação, o presidente do Senado quer excluir essa cláusula de responsabilidade por parte da fabricante de vacina, mas ainda não definiu como será o termo de responsabilidade a ser assinado por quem tomar a vacina.
Em todo caso, o positivo de tudo isso, é que o entendimento está mais próximo do que se imagina e os brasileiros poderão enxergar uma luz no fim do túnel, que pode ser a vacina. É esperar.
Pense nisso!