Um problema em um trecho da via do metrô do Recife provocou atrasos e uma aglomeração de pessoas na Estação Coqueiral, na Linha Centro, no início da manhã desta sexta-feira (5). A grande concentração de passageiros se dá diante de um momento extremamente delicado, em que Pernambuco sofre com altos números de casos de covid-19 e tem adotado medidas restritivas para evitar a aglomerações.
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De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), responsável por operar o metrô do Recife, após o problema ter sido detectado na via, um trem pendular foi utilizado entre as estações Coqueiral e Jaboatão por precaução, o que causou atraso na circulação do meio de transporte. Um trem pendular é quando apenas um modal faz um percurso específico. Quando ele é colocado em operação, há necessidade de que o passageiro desça em uma determinada estação para pegar outro trem.
Ainda segundo a Companhia, o problema foi resolvido às 7h50, quando os trens voltaram a circular pelo trecho com velocidade reduzida. Questionada pela reportagem do JC sobre a aglomeração de pessoas, a CBTU não se pronunciou sobre o assunto.
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Novas restrições em Pernambuco
O governo de Pernambuco anunciou, na segunda-feira (1°), a proibição das atividades não essenciais das 20h às 5h, de segunda a sexta em todo o Estado. Além disso, aos sábados e domingos, somente serviços essenciais poderão funcionar. Também estarão fechados clubes sociais, praias e parques nos finais de semana. Nas praias, no entanto, será permitida apenas a prática de atividades esportivas individuais.
As medidas entraram em vigor na quarta-feira (3) e são válidas até o dia 17 de março. “Passamos o final de semana monitorando os dados da pandemia. O trabalho continuou nesta segunda-feira e, infelizmente, o cenário só se agravou, mesmo com a abertura de novos leitos de UTI. Estamos agora com 93% de ocupação em nossos leitos de terapia intensiva, e nada aponta para a melhora desse quadro. A contaminação e a hospitalização decorrentes da Covid-19 estão em aceleração, e precisamos reduzir o contato social para frear essa escalada dos números”, justificou o governador Paulo Câmara (PSB), na ocasião.