Na terceira rodada de sabatinas com os candidatos a prefeito do Recife da Rádio Jornal, o candidato da UP, Thiago Santos, defendeu, nesta quarta-feira (30), a realização de uma auditoria na dívida pública da capital pernambucana, que chega a cerca de R$ 2 bilhões. Segundo Santos, esse débito tem impedido a resolução de problemas da cidade, como a construção de creches.
» Trajetória e ideias de Thiago Santos, candidato a prefeito do Recife pela UP
» Programa de governo de Thiago Santos e Aníbal Valença que formar escolas 100% inclusivas
“A dona de casa, o trabalhador e o desempregado sabem que, quando chegam a fatura do cartão de crédito, a conta de luz, o carnê da loja ou [precisa comprar um] remédio, é preciso eleger uma prioridade. Não é razoável que, para pagar uma dívida para agiotas do capital financeiro internacional, a gente retire dinheiro da saúde e educação. Não se trata de calote, mas de uma auditoria para ver o que realmente é justo e o que deve ser pago. Isso é, se já não foi pago”, argumentou o candidato.
» Com "dinheiro de Bolsonaro", Marco Aurélio (PRTB) diz que vai construir 50 creches no Recife
“A dívida pública vem sendo rolada e tem impedido, por exemplo, que problemas, como a construção de creches no Recife seja resolvido”, completou Thiago, afirmando que não é admissível que uma cidade com a capital pernambucana tenha apenas 81 creches.
Questionado sobre os desafios enfrentados pelo município, o candidato da UP apontou o capitalismo e, segundo ele, o descompromisso das últimas gestões da prefeitura como responsáveis por eles. “Os problemas mais graves que o Recife enfrenta são produto da exploração capitalista e de gestões que não têm compromisso com o interesse social”, pontuou.
“O compromisso de sucessivas gestões do Recife tem sido com os lucros dos grandes empresários e das famílias ricas da nossa cidade. Por isso, temos um déficit habitacional de quase 71 mil moradias, e 4.700 pessoas vivem barracos no Recife”, afirmou Santos, criticando a especulação imobiliária, que na avaliação dele, tem altos lucros.
Durante a sabatina, Thiago fez questão de afastar de si a alcunha de “salvador da pátria” e disse que, na verdade, “portador das pautas mais importantes do povo do Recife”. Ao contar seus desejos para a capital, o candidato defendeu uma cidade que seja “das pessoas das comunidades e periferias” e criticou os também candidatos e primos João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT).
“Queremos que essa cidade não seja administrada pela mesma família, seja por uma fração ou outra. O que queremos não é uma cidade que sirva aos interesses dos grupos econômicos., que só visam o lucro”, alfinetou Thiago Santos, dizendo que defende uma cidade que escute os excluídos.
“Queremos um Recife que seja das pessoas das comunidades e periferias. Uma cidade que ouça quem está na fila do hospital ou do posto de saúde, precisando de um remédio que não existe. A gente quer um Recife que escute os excluídos e, por isso, defendemos o poder popular e o verdadeiro socialismo”, concluiu.