Atualizada às 18h34
Entre os meios de informação sobre política e acontecimentos do País, a imprensa segue como principal fonte do eleitorado, segundo pesquisa do Instituto Ipespe divulgada nesta quarta-feira (3), somando 75% da preferência dos entrevistados.
A preferência foi medida a partir da pergunta "Através de quais desses meios o(a) sr.(a) costuma se informar sobre política e os acontecimentos do Brasil?".
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A imprensa está subdivida em televisão (50%), portais, blogs, sites e notícias na internet (20%), jornal impresso (9%) e rádio (3%). Em comparação com uma pesquisa anterior de dezembro de 2018, jornal impresso foi o que mais cresceu a popularidade, com aumento de seis pontos percentuais.
As redes sociais, como Twitter, Facebook e Instagram, vêm em seguida com a preferência de 14% dos entrevistados. Em dezembro de 2018 pontuavam com 19%. O WhatsApp é um dos que tem menos preferência, com apenas 2%.
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Desfavorável
Sobre a percepção do conteúdo das notícias recentes, 59% as consideravam desfavoráveis ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Outros 24% acreditavam que o conteúdo era neutro, e apenas 10% consideraram as notícias favoráveis.
Os pesquisadores também perguntaram sobre as notícias ou informações envolvendo o governo Bolsonaro que os entrevistados tiveram conhecimento recentemente. Em primeiro lugar ficou "Vacina causa Aids", com 25%.
Em uma live transmitida nas redes sociais em 21 de outubro, o presidente deu uma informação falsa associando a vacina contra a covid-19 ao desenvolvimento de Aids nas pessoas imunizadas.
A fala foi desmentida por uma série de cientistas de todo o mundo, e também pelo presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antonio Barra Torres.
O Youtube, Twitter e Instagram tiraram do ar a live em que Bolsonaro faz a afirmação. Uma notícia-crime contra Bolsonaro foi encaminhada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, para a Procuradoria Geral da República (PGR).
Pesquisa
A última pesquisa Ipespe foi realizada entre os dias 25 e 28 de outubro, com 1.000 entrevistados representando o eleitorado brasileiro: todas as regiões do País, cotas de sexo, idade e localidade e controle de instrução, renda e recall do voto presidencial nas eleições de 2018.
O intervalo de confiança da pesquisa é de 95,5%. Já a margem de erro máximo estimada é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.