troca de comando

Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque é exonerado por Bolsonaro

Substituto foi nomeado por Bolsonaro; publicação está no Diário Oficial da União (DOU)

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Ana Maria Miranda

Publicado em 11/05/2022 às 7:15 | Atualizado em 11/05/2022 às 8:02
Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, foi exonerado do Governo Bolsonaro - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, foi exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro. A exoneração foi publicada nesta quarta-feira (11) no Diário Oficial da União (DOU).

De acordo com o que consta no decreto, a exoneração de Bento Costa Lima Leite de Albuquerque foi "a pedido". No lugar dele, foi nomeado Adolfo Sachsida, doutor em Economia e advogado, que atuava desde 2 de fevereiro como chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia.

"MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

DECRETOS DE 10 DE MAIO DE 2022

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,caput, inciso I, da Constituição, resolve:

EXONERAR, a pedido,

BENTO COSTA LIMA LEITE DE ALBUQUERQUE JUNIOR do cargo de Ministro de Estado de Minas e Energia.

Brasília, 10 de maio de 2022; 201º da Independência e 134º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,caput, incisos I e XXV, da Constituição, resolve:

NOMEAR

ADOLFO SACHSIDA, para exercer o cargo de Ministro de Estado de Minas e Energia, ficando exonerado do cargo que atualmente ocupa.

Brasília, 10 de maio de 2022; 201º da Independência e 134º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO"

A troca de comando no Ministério de Minas e Energia ocorre após Bolsonaro criticar a política de preços da Petrobras, que é ligada à pasta. Na segunda (9), a estatal anunciou um aumento no diesel.

Desde a terça-feira (10), começou a valer um reajuste de 8,87% no diesel da Petrobras para as distribuidoras. O valor passou de R$ 4,51 para R$ 4,91 por litro.

Bolsonaro cita Albuquerque em live

Na última quinta-feira (5), antes do anúncio do reajuste, Bolsonaro fez uma live nas redes sociais apelando para que a Petrobras não voltasse a aumentar o preço dos combustíveis.

Aos gritos, o presidente disse que os lucros da estatal são "um estupro". Também se referiu ao lucro como "abusivo" e "crime". Na mesma noite, a Petrobras divulgou lucro recorde de R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre de 2022.

Durante a transmissão ao vivo, ele citou nominalmente o ministro Bento Albuquerque e o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho.

"Vocês não podem, ministro Bento Albuquerque e senhor José Mauro, da Petrobras, não podem aumentar o preço do diesel. Não estou apelando, estou fazendo uma constatação levando-se em conta o lucro abusivo que vocês têm. Vocês não podem quebrar o Brasil", declarou. Bolsonaro disse ainda que não iria interferir na estatal.

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