A grande liderança política de Eduardo Campos e a perplexidade com sua morte foram ressaltadas hoje (13) em notas públicas divulgadas por vários partidos políticos, entre eles os que apoiam adversários de Campos na corrida presidencial.
O PT manifestou “profundo pesar” pela tragédia e decretou luto oficial de três dias entre seus correligionários, suspendendo as atividades de campanha eleitoral em todo o país. “Em função desse trágico fato, a direção nacional do Partido dos Trabalhadores decidiu cancelar todas as atividades públicas referentes à campanha eleitoral 2014 nas esferas nacional, estadual e municipal, em manifestação de luto com duração de três dias. O PT se solidariza com os familiares, amigos e correligionários de Eduardo Campos neste momento de dor, diante de tão grande perda”, diz a nota divulgada pelo partido.
Maior partido do Congresso Nacional, a direção nacional do PMDB também lamentou a perda de Campos e disse, em nota, que “a política brasileira fica menor” sem ele. “Sua trajetória foi exemplar, e era verdadeira inspiração para os jovens brasileiros. O PMDB lamenta essa perda e manifesta à família seus sinceros pêsames”.
Também em nota, o presidente nacional do Democratas, senador José Agripino Maia (RN), disse que o Brasil vive momento de “estupefação pela perda do homem público que foi Eduardo Campos”, e ressalta que o ex-governador de Pernambuco era uma grande liderança no Nordeste. “Lamentamos profundamente a perda irreparável para família e para os brasileiros. Nossa solidariedade aos familiares e amigos de todos aqueles que o acompanhavam no voo”, diz o texto. Agripino Maia embarcou para São Paulo, para “acompanhar de perto os desdobramentos desse fatídico acidente”, acrescentou.
O candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), também cancelou sua agenda de campanha e foi para São Paulo, junto com Agripino Maia, para acompanhar as apurações do acidente. Em nota oficial, o diretório paulista do partido se solidarizou com amigos, parentes e correligionários do político pernambucano. “Campos honrou os valores da democracia em sua vida pública, e encarou, com coragem, a luta por um país melhor e mais justo. Neste momento de dor, prestamos nossos sentimentos à sua família e amigos”, diz o texto.
Coligado ao PSB em apoio à candidatura de Eduardo Campos, o PPS definiu a morte dele como “uma tragédia que se abateu sobre o Brasil”. Em nota pública, o partido lembrou a tradição socialista da família do candidato à Presidência da República, o seu histórico político como parlamentar e governador e o grande apoio popular que ele tinha em Pernambuco. “O PPS apostou na qualidade política de Eduardo Campos neste momento em que o país busca alternativas para seu futuro e um novo projeto nacional de desenvolvimento. Embora jovem, o candidato já havia provado sua competência tanto no Parlamento quanto à frente do governo do estado de Pernambuco”, diz a nota.
Apoiador de Campos na disputa eleitoral, o PHS também divulgou nota lamentando as mortes provocadas pelo acidente aéreo, inclusive a de seu candidato. “Após diálogo nos últimos meses, a Comissão Executiva Nacional do PHS entendeu que o pernambucano seria o melhor nome para presidir o Brasil nos próximos quatro anos. Hoje, o PHS está de luto e os solidaristas de todo o Brasil se juntam aos familiares de Campos e das outras vítimas neste momento de grande tristeza”, diz o texto.
Embora divergente da linha política de Eduardo Campos, o PSTU também emitiu nota de pesar. O presidente nacional do partido e candidato à Presidência, Zé Maria disse que não tinha identidade política com o ex-governador, nem apoiou seu governo em Pernambuco, mas lamentou as perdas humanas provocadas pela queda do avião em que estava Campos. “Mas, queremos registrar que, evidentemente, lamentamos o acidente e o drama humano que causou, e enviamos nosso pesar aos familiares, dele e dos demais ocupantes do avião acidentado. Por fim, nos solidarizamos com os feridos que foram atingidos no solo pelo mesmo acidente”, disse.
A coordenação de campanha do PSOL também diz, em nota, que a morte do candidato do PSB “reveste de luto este processo eleitoral”. A agenda do partido na corrida pela sucessão presidencial também foi cancelada. “A candidata Luciana Genro, a coordenação de campanha e o Partido Socialismo e Liberdade estão de luto e desejam toda a solidariedade à família, aos amigos, à sua campanha e aos seus apoiadores. Da mesma forma, nos solidarizamos com as famílias de Alexandre da Silva, Carlos Augusto Leal, Geraldo da Cunha, Marcos Martins, Pedro Valadares Neto e Marcelo Lira”, diz o texto.