Bastou Lula ser solto, nesta sexta-feira (08), para que fogos, gritos de “Lula Livre” e músicas de campanhas antigas do PT fossem ouvidos nas proximidades do Armazém do Campo, no Centro do Recife. Apoiadores do ex-presidente, muitos vestidos de vermelho, comemoraram com empolgação a soltura, na chamada “Festa Lula Livre”, um dia após a votação no STF que vetou a prisão em segunda instância.
A cabeleireira Débora Souza, de 57 anos, afirmou que Lula foi um presidente que fez muita coisa pelo Brasil e foi preso por um “golpe” que chegou à eleição do presidente Jair Bolsonaro. “A gente teve uma vitória, a Constituição foi cumprida. A nossa luta diária teve efeito. Temos que continuar para provar a inocência dele”, afirmou.
Alguns apoiadores sentiram uma sensação de alívio quando viram Lula sair da prisão, em Curitiba, como foi o caso da empresária Priscila Gomes, de 29 anos. “Senti um alívio e medo também do que pode vir depois, mas vamos aproveitar o momento. É uma luta não só por uma pessoa, mas por uma ideia, uma injustiça”, explicou.
Falando sobre a sua relação com o PT, a socióloga Lílian Machado, de 41 anos, disse que o partido se posiciona de forma “humana”. “Quando eu tinha 16 anos, já pensava nas transformações sociais.” Ela vê a soltura de Lula como um ato de dignidade, mas fala também sobre sua indignação. “Quando você vê uma pessoa sem motivo, você coloca outras presas para viver em consonância com a pessoa que sofre”, concluiu.
Ato na Praça da Independência
Na Praça da Independência também houve um ato. Pouco antes da libertação de Lula, manifestantes, alguns com bandeiras do PT e máscaras do ex-presidente, convocavam outras pessoas para participar do movimento com gritos de ordem como “Lula, guerreiro, do povo brasileiro”.