O objetivo é um só: reduzir a fatalidade e os sinistros de trânsito (não é mais acidente de trânsito; entenda a razão). Por isso, todos os carros novos teriam limitador de velocidade de fábrica. E a previsão é de que a novidade seja implementada já a partir de 2022. Por enquanto, nos países que compõem a União Europeia. Mas sendo validado por lá, é uma questão de tempo chegar ao Brasil, onde o trânsito mata mais de 30 mil pessoas e mutila outras 500 mil por ano.
- Brasil dá adeus aos carros populares
- Exames teóricos para retirar e renovar CNH passam por alterações. Confira quais
- O que é necessário para tirar a Carteira Nacional de Habilitação? Aprenda
- Você sabe dirigir na estrada? Confira se sabe mesmo
- Você sabe como baixar o CRLV 2021 digital? Aprenda
- Mortos, feridos e até desrespeito ao uso do cinto de segurança nas estradas no feriado de São João em Pernambuco. Confira os números
- Vídeo: Motorista invade calçada, arrasta fileira de motos, mata motoboy, mas é liberada pela Justiça. Até quando?
- Vale a pena ter um carro por assinatura? Compare vantagens e desvantagens para motoristas de aplicativo e comuns
- Veja como se cadastrar no Alerta Bike, programa para recuperar bicicletas roubadas em Pernambuco
- Roubo e furto de bicicletas aumentaram quase 20% em Pernambuco
- Motoristas de caminhão e ônibus sem exame toxicológico podem ser multados desde esta quinta, 1º de julho
- Bons ou ruins, aplicativos de transporte têm força na economia do Brasil
- Veja em quais estados você pode ter 40% de desconto nas multas de trânsito
A Instrução 2144 de 2019 determina que os novos sistemas devem estar em uso a partir de 6 de julho do próximo ano. O controle de velocidade seria possível com a instalação do ISA (Intelligent Speed Assistence), um limitador de velocidade automático que cruza informações do GPS com dados locais da via em que o condutor está, impedindo o motorista de exceder os limites de velocidade determinados nas rodovias.
O ISA alerta o condutor com sinais sonoros. E, caso o motorista não obedeça, o sistema teria capacidade de não atender à pressão exercida pelo condutor no acelerador. As funcionalidades do sistema, no entanto, ainda não estão totalmente definidas porque têm gerado polêmica entre os construtores. Há aqueles que defendem que haja um botão para o condutor desativar o sistema, enquanto outros são contrários por entender que o ISA perderia o sentido.
Confira a série de reportagens Por um novo transitar
Para Paulo Pêgas, perito em sinistros de trânsito e pesquisador da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) da ONU, a tendência é que, cada vez mais, a tecnologia seja utilizada a favor da segurança viária. “Vai chegar um momento em que os veículos vão fazer a leitura automática das placas de velocidade nas rodovias e avenidas e esse será o limite de deslocamento. A tecnologia caminha para isso. Há cinco anos, já dirigi um carro da Mercedes assim na Alemanha. Tinha limitador de velocidade”, exemplifica.
Mas para Pêgas, o sistema não pode ser autônomo. Deve apenas alertar e orientar o motorista. “Você não pode ter um mecanismo de limite de velocidade que tire a autonomia do motorista. É perigoso porque pode haver uma emergência, uma situação em que o condutor precise trafegar acima da velocidade limite, como um socorro, por exemplo. Defendo que o limitador seja restrito a um sinal, à emissão de um alerta. A segurança do trânsito é fundamental e sabemos que em 99% das ocasiões de excesso de velocidade não existem razões para tal atitude, mas as situações de emergência podem acontecer”,argumenta.
Os novos sistemas de segurança obrigatórios pela UE
* ISA (Intelligent Speed Assistence): limitador de velocidade automático que cruza informações do GPS com dados locais da via, impedindo o motorista de exceder os limites de velocidade.
Sistema de câmaras de monitorização interna: avalia o estado do condutor através de câmaras internas. Avisa o condutor no caso de sonolência e distração (uso de telemóveis, por exemplo). E pode bloquear o veículo se notar que o motorista não está em condições de conduzir por causa de drogas ou álcool.
* Gravador de dados de eventos (EDR): Caixa negra do veículo, que regista o que houve no caso de um sinistro de trânsito.
* Sistema de câmeras e assistência de marcha atrás: passa a ser obrigatória para todos os veículos, com recurso à câmera e sensores.
* Parada automática de emergência: o veículo reconhece o sinal vermelho e para.
* Lane-keeping assistance: sistema automático que garante que o veículo não sai da faixa de rodagem de forma abrupta.
* Travagem de emergência automática (AEBS): o radar mede continuamente a distância entre os veículos, ciclistas e pessoas, por exemplo, fazendo a travagem de emergência se o motorista não responder em tempo útil.
* Cintos de segurança otimizados: já testados em simulações de choques frontais.
* Vidros de segurança otimizados: já testados em simulações de choques frontais.
* Barra de proteção de impacto lateral: para melhorar a segurança dos ocupantes dos veículos.
* Melhoramento da visão dos motoristas de autocarro e camihões: objetivo é remover pontos cegos dos condutores.
* Sistemas de aviso na frente e lateral do veículo: para detectar e avisar aos motoristas sobre pessoas e ciclistas na estrada, especialmente nas curvas.
* Sistema automático de monitorização da pressão dos pneus