EQUIPAMENTO

Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães, no Recife, passará por reforma; antes, terá exposição sobre Semana de 22

As obras devem começar em abril ou maio, sendo possibilitadas por uma emenda do deputado Tadeu Alencar (PSB)

Cadastrado por

Emannuel Bento

Publicado em 14/03/2022 às 17:14 | Atualizado em 14/03/2022 às 17:21
Instalado num casarão do século 19, o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam) foi inaugurado em 1997 - SOL PULQUÉRIO/PCR

O Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam), equipamento cultural da Prefeitura do Recife, localizado no Centro da capital, passará por uma reforma em 2022. As obras devem começar em abril ou maio, sendo possibilitada por uma emenda do deputado federal Tadeu Alencar (PSB). Ricardo Mello, secretário de cultura do Recife, informou sobre a ação em entrevista ao JC.

A gestão tem feito contato com outros parlamentares para reforçar a ação de recuperação. Antes das obras começarem, no entanto, o espaço deve receber uma exposição ligada ao centenário da Semana de Arte Moderna, efeméride que teve período exato de comemoração entre 13 e 17 de fevereiro deste ano.

"O Mamam é o nosso museu de arte moderna. A exposição ocorrerá para não passar o momento batido. Esse é um lugar também dessa ocupação do espaço de Pernambuco nas artes", disse Ricardo Mello.

O Mamam foi criado em 24 de julho de 1997, homenageando o artista plástico, designer e ativista cultural pernambucano. Instalado em um antigo casarão do século 19, possui sete salas de exposição, biblioteca especializada em arte moderna e contemporânea, reserva técnica, sala de atividades educativas, sala de administração e auditório. Na reserva técnica, o Mamam conta com mais de 1.000 trabalhos, de diversas técnicas, que abrangem um período histórico compreendido entre 1920 e 2016.

Modernismo no Recife

MODERNISMO Exposição sobre Tereza Costa Rego está em cartaz no Museu do Estado - DAYVISON NUNES/JC IMAGEM

Terra natal de expoentes expressivos do modernismo, como Vicente do Rego Monteiro (que teve obras na Semana), Cícero Dias e Lula Cardoso Ayres, o Recife ainda não teve uma exposição voltada à celebração do centenário da Semana de Arte Moderna, considerada um marco inicial do modernismo no Brasil.

A ação mais próxima nesse sentido foi a mostra “Viva Tereza - Tereza Viva”, montada no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), com obras de Tereza Costa Rêgo, curadoria de Marcus Lontra e Bruno Albertim e realização da Fundarpe com a Cepe Editora. A exposição está em suas últimas semanas em cartaz, podendo ser visitada das terça às sextas-feiras, das 11h às 17h. Aos finais de semana, das 14h às 17h.

Já a Fundação Joaquim Nabuco vai inaugurar em junho a mostra "Um Pernambucano na Semana de 22: Vicente do Rego Monteiro", realizada com curadoria de Rodrigo Cantarelli na sala que leva o nome do pintor no campus da instituição no Derby, no Recife.

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