Com a vacinação contra a covid-19 avançando e a economia voltando a dar sinais de melhora, diversas empresas vão aportando em Pernambuco, garantindo altos investimentos no Estado e gerando novas oportunidades de emprego para o alento de milhares de trabalhadores. É o que apontam dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Sedec-PE).
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Segundo a pasta, mais de 60 novos empreendimentos foram anunciados no Estado em 2021, desses 32 ocorreram apenas no mês de julho. Com isso, a expectativa é de que aproximadamente 17,4 mil postos de trabalho sejam abertos já a partir dos próximos meses. Para tanto, as empresas devem investir mais de R$ 4,8 bilhões em todas as regiões de Pernambuco.
Entre as companhias que escolheram o Estado para se instalar estão o Grupo MBP, a Noronha Pescados, a Blau Farmacêutica, o Grupo Edson Queiroz e a Copa Energia. Além dessas, há ainda o Grupo Mateus, maior rede varejista do Norte e Nordeste e quarto maior atacadista do Brasil, que sozinho deve gerar 14 mil novos empregos diretos e indiretos. Algumas empresas ainda não divulgaram o número de vagas que serão abertas.
As oportunidades não devem parar por aí, e novos empreendimentos devem ser anunciados em breve. Segundo o titular da Sedec-PE, Geraldo Julio, sua pasta tem feito um trabalho constante de relacionamento e de inteligência com as empresas para mostrar os potenciais do Estado e conseguir atrair negócios que promovam crescimento e gerem empregos. “O objetivo é implantar uma estrutura de empreendimentos que promova solidez da economia e que garanta oportunidades aos pernambucanos”, afirmou Geraldo Julio.
Principais vagas a serem abertas
EMPRESAS | EMPREGOS |
Grupo MBP | 160 |
Noronha Pescados | 595 |
Blau Farmacêutica | 1000 |
Grupo Mateus | 14000 |
Grupo Edson Queiroz e Copa Energia |
1000 |
Massa Fest | 10 |
Venosan | 15 |
São Luis Indústria de Alimentos | 10 |
Neo Simera Materiais Medicos | 37 |
Audace | 70 |
Cendic Metais | 59 |
Amazônia Mix | 9 |
A3 Pet | 38 |
Tem Mais Sabor | 32 |
Fênix Soluções em Alumínio | 18 |
Agua Brotinhos | 7 |
Gosto Mais | 25 |
Max Paper | 12 |
Movene | 4 |
Alberto S/A Indústria e comercio | 3 |
Alejandro Mario Pizarro Eireli | 15 |
Iguatemi Gelados do Nordeste | 88 |
Fortlev | 22 |
Bernadete M Da Silva & Cia LTDA | 13 |
Davilla |
59 |
Serraço do Sertão | 6 |
Leonardo C. de Almeida Pre-Moldados | 17 |
Madepaz Madeiras | 14 |
Morais de Castro |
7 |
Nutri Nordeste | 8 |
Pincéis Roma | 52 |
Grupo Premocil | 6 |
Ventisol Nordeste | 15 |
TOTAL | 17.426 |
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Como se preparar para as vagas
Apesar do grande número de novas oportunidades, a disputa por cada um delas deve ser acirrada. Isso porque Pernambuco ainda sofre com os efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho e tem mais de 800 mil pernambucanos sem emprego. Para se sobressair diante de tantos candidatos, a preparação é o melhor caminho. E ela deve começar pelo currículo.
Em síntese, esse documento tem o objetivo de mostrar para o empregador as aptidões, as experiências e os objetivos dos profissionais. Porém, é comum que as informações de um currículo tradicional sejam capazes de representar apenas uma parte de quem este candidato é, de forma limitada. É a partir daí que surge o questionamento se há modelo ideal de currículo. Segundo especialistas da área de recrutamento e seleção, a resposta é direita: não.
Na avaliação de Lauro Buarque, diretor da Consult Human, empresa especializada em consultoria e recrutamento, não basta ter só um, tem de adaptá-lo a cada vaga. “Não existe uma regra, certo ou errado. Na verdade, o currículo nada mais é do que um retrato da sua história: fala sobre presente, passado e futuro. Ele precisa construir uma narrativa. Para cada festa, um traje”, afirma ele.
Para se diferenciar da multidão e obter essa personalização do currículo, os estudantes precisam, primeiro, saber quem realmente são. “O estudante precisa se colocar em uma posição em que seja possível olhar para dentro e entender quais são os elementos críticos que diferenciam o perfil dele, para que, então, esse perfil possa ser comunicado para as pessoas”, destaca a diretora de pesquisa e aprendizagem da Workalove, Elziane Bouzada.
De acordo com um levantamento realizado pela Catho com mais de 400 recrutadores, 30% deles demoram em média de 6 a 10 segundos para descartar um currículo para uma entrevista, enquanto outros 27% levam de 11 a 29 segundos. Só 17% deles demoram entre 30 e 59 segundos para descartar ou não o texto, e apenas 21% levam mais de 1 minuto.
Por isso, o foco deve ser construir uma narrativa assertiva para aquela vaga. Lauro Buarque explica que para cada processo existe uma demanda e que, por isso, recomenda que os candidatos tenham dois currículos à mão, um no modelo tradicional e outro num modelo mais contemporâneo, com conteúdo que pode ser customizado. “É sobre se conectar com o seu interlocutor. Em algumas empresas mais disruptivas, pode não pegar bem o currículo tradicional. Não é que pega mal, mas fica no ‘normal’”, explica Buarque.
Em geral, o que diferencia os dois modelos é o layout. O formato tradicional é caracterizado por uma folha corrida, é feito em programas como Word, em apenas uma coluna. Não possui foto nem cores. Já o formato mais contemporâneo, que pode ser feito em sites ou programas de design, é diagramado com uma ou duas colunas, possui cores e até mesmo estampas e ilustrações.
Para Luana Cepellos, especialista em gestão de pessoas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o currículo tradicional continua funcionando e sendo um padrão no mercado, minimizando o risco de erro. “Eu ainda acredito que ter um currículo padrão é mais seguro, mas não necessariamente é o mais certo. O mundo online permite que você crie.”
Cepellos acredita que falar sobre currículo é falar sobre a identidade pessoal de cada um. “Hoje em dia, principalmente com a pandemia, a nossa marca pessoal ficou muito forte.”
A especialista também pondera que não existe um formato ideal. “O que se aplica, tanto para o formato tradicional quanto para o formato mais inovador, é ter informações claras. Os layouts mais inovadores não são necessariamente um diferencial no processo.”