MOBILIDADE

Exclusivo: veja os detalhes previstos para nova ponte do Recife, que ligará a Zona Sul à Zona Oeste

O novo equipamento, que irá da Avenida Tapajós, em Areias, até a Avenida Engenheiro Alves de Souza, na Imbiribeira, foi apresentado de forma preliminar a representantes da comunidade na última semana

Cadastrado por

Katarina Moraes

Publicado em 03/08/2022 às 15:33 | Atualizado em 04/08/2022 às 10:12
Foto ilustrativa da Ponte Maurício de Nassau, no Centro do Recife - DAY SANTOS / JC IMAGEM

A reportagem do JC teve acesso exclusivo a detalhes do projeto da ponte que deve ser anunciada em breve no Recife, ligando o bairro de Areias, na Zona Oeste da cidade, ao da Imbiribeira, na Zona Sul. O equipamento é prometido há pelo menos 40 anos na capital pernambucana.

A nova ponte, que irá da Avenida Tapajós, em Areias, até a Avenida Engenheiro Alves de Souza, na Imbiribeira, foi apresentado de forma preliminar a representantes da comunidade na última semana, no Grêmio Recreativo da Urb Recife (Gramurb).

Por ainda não ter sido publicado no Diário Oficial do Município, o projeto relatado nesta matéria pode sofrer alterações.

Mas, por enquanto, está prevista a desapropriação de 76 imóveis na região - 43 na Avenida Tapajós e 33 na Avenida Engenheiro Alves de Souza - para a construção. Desses, nove são imóveis com 1º andar.

Segundo a apresentação, a ponte, em continuidade com as vias, deve ter 335 metros de extensão, quatro faixas de rolamento (duas em cada sentido), ciclofaixa bidirecional de 2,3km em toda a via, 15 novas paradas de ônibus e requalificação das calçadas para garantia da acessibilidade, como piso tátil direcional e de alerta, além de faixas de pedestres e travessias em nível.

Simulação de onde pode ser construída a nova ponte do Recife - REPRODUÇÃO/GOOGLE STREET VIEW

Pretende-se embutir a rede de telecomunicações, remanejar drenagem, o abastecimento de água e a coleta de esgoto para a faixa de rolamento, requalificar a rede de iluminação pública e o pavimento e replantar 261 árvores, totalizando arborização com mais de 350 árvores.

A gestão também pretende fazer obras complementares de urbanismo, paisagismo e acessibilidade, além de um espaço de convivência na Avenida Tapajós.

Com a construção da ponte, que ainda não teve orçamento ou prazo para início das obras divulgados, a Prefeitura do Recife estima que haja uma redução de cerca de 40% no tempo de deslocamento e de 42% nas distâncias percorridas, comparando o deslocamento entre a Universidade Salgado de Oliveira (Universo) e o Condomínio Ignez Andreazza.

A reunião contou com a presença dos vereadores Chico Kiko (PP) e Professor Mirinho (SD). Este último destacou a aprovação do projeto no plenário da Câmara Municipal do Recife nessa segunda-feira (1º).

"Foi a primeira reunião dizendo como seria essa ponte, como ficaria o translado e como ela seria construída. A ponte terá duas faixas de veículos, duas ciclovias (uma de cada lado), com calçadas amplas para garantir a mobilidade dos pedestres”, disse ele.

Ao ser questionada pelo JC, a assessoria de imprensa da Prefeitura do Recife informou nessa terça-feira (2) que o projeto "está em fase de estudos". Um novo posicionamento foi solicitado. O espaço está aberto.

"Talvez a maior ponte que o Recife vai ter"

O prefeito João Campos (PSB) afirmou em 7 de julho que anunciaria ainda no segundo semestre "talvez a maior ponte que o Recife vai ter"

"No segundo semestre a gente vai estar anunciando outra grande ponte na cidade, talvez a maior ponte que o Recife vai ter. É mais um sonho realizado no Recife, que há mais de 15 anos não fazia uma grande ponte", pontuou o gestor municipal.

Atualmente, está em execução a Ponte Engenheiro Jaime Gusmão, que ligará o Monteiro à Iputinga. As obras foram retomadas pela gestão atual em setembro de 2021 após sete anos paralisadas, mas enfrentam resistência de moradores. Isso porque o projeto prevê a desapropriação de 53 casas da Vila Esperança-Bodocó, uma Zona Especial de Interesse Social (Zeis) da cidade.

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