Investigação
Caso Lázaro Barbosa: Laudo de vítima no DF indica violência sexual e tortura
O corpo de Cleonice Marques, de 42 anos, foi encontrado de bruços, sem roupas, em um córrego. O marido e o filho dela também foram mortos
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Estadão Conteúdo
Publicado em 30/06/2021 às 22:44
| Atualizado em 30/06/2021 às 23:23
Laudo divulgado pela Polícia Civil de Goiás aponta que a mulher assassinada pelo criminoso
Lázaro Barbosa, de 32 anos, em Ceilândia, pode ter sido estuprada e teve uma orelha decepada antes de ser morta. Conhecido como "serial killer" do Distrito Federal,
Lázaro foi morto com 38 tiros na segunda-feira (28), após ser caçado durante 20 dias pela polícia. O corpo de Cleonice Marques, de 42 anos, foi encontrado de bruços, sem roupas, em um córrego, a 8 km da chácara onde ela morava com o marido e dois filhos, também assassinados pelo criminoso.
Conforme o laudo, divulgado na tarde desta terça-feira (29), a mulher foi morta com um disparo de arma de fogo na cabeça. O delegado-chefe da 24ª Delegacia de Polícia do Setor O/Ceilândia, Raphael Seixas, disse que o laudo mostra indícios de violência sexual, mas a confirmação do estupro depende da análise dos vestígios biológicos colhidos no corpo. O exame deve apontar também se o padrão genético desse material é compatível com o DNA de Lázaro. O resultado deve sair ainda esta semana.
No dia 9 de junho, três dias antes de ser encontrado o corpo da mulher, o "serial killer" matou a tiros e facadas o marido de Cleonice, Claudio Vidal, de 48 anos, e os filhos dela, Gustavo, de 21 anos, e Carlos Eduardo, de 15. Segundo o delegado, a autoria desses crimes já ficou comprovada, pois foram encontradas impressões digitais de Lázaro na porta de vidro da casa das vítimas.
A motivação para os crimes ainda é desconhecida, mas o delegado não exclui a possibilidade de a família ter sido morta por mais de uma pessoa, por interesses imobiliários. Os familiares já haviam sido assaltados no dia 17 de maio. Segundo o policial, é preciso esclarecer a origem da quantia de R$ 4,4 mil encontrada com o criminoso. Há suspeita de que ele fosse uma espécie de jagunço, pago para intimidar ou assassinar proprietários ou posseiros de terras em Cocalzinho. A região tem histórico de conflitos fundiários.