Um texto da escritora Danuza Leão, publicado pelo Jornal O Globo, entrou no debate sobre a manifestação realizada por atrizes, diretoras e roteiristas durante o Globo de Ouro, no último domingo (14/1), contra o assédio sexual. Um grupo de atrizes francesas, como Catherine Deneuve, que enxergava excesso de puritanismo nas denúncias de assédio, já havia sido criticado por feministas pelo teor do seu manifesto.
Danuza Leão afirma em seu texto que não está claro para ela o conceito de assédio. O artigo, intitulado O Globo de Ouro me pareceu um Grande Funeral, termina com as frases: "Acho que toda mulher deveria ser assediada pelo menos três vezes por semana para ser feliz. Viva os homens".
"O que não está claro para mim é o conceito de assédio. É uma paquera? Avanços sexuais entre homens e mulheres começam sempre de um lado. Às vezes, o outro lado não quer, e isso é normal. Como definir?
Espero que essa moda de denúncia contra assédio sexual não chegue ao Brasil. O que aconteceu no Globo de Ouro me pareceu um grande funeral. Apesar dos vestidos lindíssimos, acho que aquelas mulheres (que foram à cerimônia de preto) foram muito pouco paqueradas e voltaram sozinhas para casa.
Não acho que as denúncias de assédio possam gerar uma 'caça às bruxas' porque não uma coisa ridícula, para começo de história. É doloroso saber que uma mulher pode fazer uma acusação e tirar o emprego de um homem. É algo pecaminoso. Mas isso é coisa de americano. Lá eles não têm noção de sexo. É ótimo passar em frente a uma obra e receber um elogio. Sou desse tempo. Acho que toda mulher deveria ser assediada pelo menos três vezes por semana para ser feliz"