Exatamente há dois anos, em 23 de novembro de 2019, a América do Sul se vestia de vermelho e preto. Em Lima, no Peru, o Flamengo bateu, de virada e nos acréscimos, o River Plate por 2 x 1 e se sagrou bicampeão da Libertadores, encerrando um jejum de 38 anos.
> Palmeiras: Abel Ferreira ganha dois reforços para a final da Libertadores; veja
> Flamengo ganha reforço importante dias antes da final da Libertadores; confira
> Vice-presidente do Flamengo analisa situação de Renato Gaúcho; confira
Longe da espera que teve que aguentar da última vez, no próximo sábado, com transmissão exclusiva, na TV aberta, do SBT/TV Jornal, o Flamengo voltará a decidir uma final de Libertadores. O adversário da vez é o Palmeiras, atual campeão da competição e que se tornou, pelos títulos conquistados, poder de investimento e elenco, um grande rival do time carioca nos últimos anos.
Mas, de lá pra cá, o que mudou?
Sem sombra de dúvidas, a maior diferença quando se olha pro Flamengo de hoje e se compara com o que venceu o River de 2019 é o treinador. Jorge Jesus marcou história no clube e no futebol brasileiro. Foram mais títulos do que derrotas. O português ergueu cinco troféus (Libertadores, Brasileirão, Recopa Sul-americana, Supercopa do Brasil e Carioca) e sofreu apenas quatro derrotas, uma delas para o poderoso Liverpool de van Dijk, Salah e Mané, na final do Mundial de Clubes. Além disso, jogava um futebol extremamente ofensivo e vistoso sem abrir mão de uma defesa sólida, tanto que encerrou sua passagem de 58 jogos com 129 gols marcados, média de 2,22 por jogo. 0,81 de média por jogo.
- Vidente crava campeão da Libertadores e diz que Grêmio não cai para Série B; confira
- Craque do Palmeiras tem processo arquivado e está liberado para jogar a final da Libertadores; saiba quem
- Palmeiras: Raphael Veiga fala sobre final da Libertadores contra o Flamengo e outros sonhos
- Final da Libertadores entre Palmeiras x Flamengo pode contar com uma novidade incrível; confira
- Vai para a final da Libertadores? Flamengo divulga resultado de Bruno Henrique; veja
- Dose dupla: semana tem final da Libertadores e Barcelona pela Champions League no SBT/TV Jornal
Já Renato Gaúcho mantém, com 35 jogos, 14 a menos que o português, números muito parecidos com o do português. Sob o comando do ídolo, como jogador, o Flamengo também perdeu apenas 4 jogos e soma 82 gols marcados com uma média de 2,34 por jogo, vitória magra pro brasileiro. Defensivamente, temos um empate técnico. Renato sofreu 28 gols até aqui e mantém média de 0,80. Pesa em seus desfavor, no entanto, algumas goleadas sofridas no caminho.
Em aproveitamento, Jorge Jesus fechou com 82,75%, foram 44 vitórias, 10 empates e 4 derrotas. Já Renato Gaúcho vem, mesmo com bons números, consideravelmente atrás. São 24 vitórias, 7 empates e 4 derrotas que formam um aproveitamento de 75.23%.
> Craque do Flamengo explica detalhes que diferenciam Jorge Jesus; confira
Mas, o torcedor, no fim, não quer saber de números, mas sim, de títulos. É por isso que, mesmo com números tão parecidos, Renato Gaúcho é questionado. A altura da decisão contra o River, Jorge Jesus também havia sido eliminado para o Athletico Paranaense na Copa do Brasil, o que lhe rendeu algumas críticas da torcida e da imprensa, mas já havia vencido o Carioca, que Renato sequer disputou, e nadava de braçada no Brasileirão, que conquistou 24 horas depois do título da Libertadores mesmo sem entrar em campo.
Renato Gaúcho, por sua vez, teve uma eliminação ainda mais impactante pro Furacão. Se o português caiu nos pênaltis e a responsabilidade foi dividida com Diego, que errou uma das cobranças, o atual comandante rubro-negro levou 3 x 0 em pleno Maracanã. Soma-se a isso a grande probabilidade de não vencer o Campeonato Brasileiro. São 9 pontos de diferença pro líder Atlético Mineiro, a quem o Flamengo derrotou há algumas semanas, mas, pesaram os empate com América Mineiro e Athletico Paranaense, ambos no fim do jogo, além de outro empate, com o Cuiabá, e a derrota no clássico para o Fluminense, que, ainda por cima, intercalaram a eliminação na Copa do Brasil.
- Agora vai? Saiba quando Sergio Ramos deve estrear pelo PSG
- Gustavo, meia do Sport, desperta o interesse de dois gigantes brasileiros; saiba mais
- Mourinho presenteia jogador da Roma com tênis que custa mais de R$ 5 mil; veja vídeo
- Xavi trata decisão do Barcelona contra Benfica como 'chance de ouro de desforra'
- "Sérgio Ramos como colega de time é um espetáculo", diz Messi
- Villarreal x Manchester United: veja as escalações e onde assistir ao vivo o duelo pela Champions League
Em peças no elenco, o time mantém a mesma base, mas com mudanças pontuais. Gabigol, Bruno Henrique, Diego Alves, Arão, Filipe Luís e Arrascaeta, que passou bom tempo da "Era Renato" lesionado, mantém a espinha dorsal da equipe. Nomes como Gerson, Rafinha e Pablo Marí são as principais mudanças do time campeão 2019 para o que vai tentar o feito em 2021. Mas se faltam eles, chegaram Isla, Andreas Pereira e David Luiz, além de outras belíssimas opções no banco de reservas como Pedro e Michael.
Na final do próximo sábado, o retrospecto é positivo para quem veste vermelho e preto. A última vitória do Palmeiras no confronto foi no Brasileirão de 2017, 2 x 0, no Allianz Parque, pela 34ª rodada. De lá pra cá, foram 6 vitórias do Flamengo e 3 empates. Mas, apenas uma delas sob o comando de Renato Gaúcho, que sofreu contra o alviverde enquanto treinava o Grêmio, foram 12 jogos, apenas 2 vitórias, 3 empates e 7 derrotas, duas delas nas finais da Copa do Brasil de 2020. Em compensação, no único confronto pela Libertadores, deu Renato. Pelas quartas-de-final de 2019, derrota por 1 x 0 em Porto Alegre e vitória por 2 x 1 em São Paulo. Depois, eliminação para o próprio Flamengo, que viria a ser o campeão.