Nesta terça-feira (1º), a Dinamarca se tornou nesta terça-feira o primeiro país da União Europeia (UE) a suspender todas as restrições sanitárias contra a covid-19. A decisão foi baseada no elevado percentual de vacinados e na menor gravidade que, agora, variante ômicron representa na Dinamarca.
Essa, porém, não é a primeira vez que o país nórdico suspende as restrições contra a covid. A primeira tentativa durou dois meses, entre setembro e novembro. Agora, as máscaras, o passaporte sanitário e os horários reduzidos de bares e restaurantes ficam para trás na Dinamarca.
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O que dizem os dinamarqueses
Com o fim das restrições, as casas noturnas também reabrirão nesta terça-feira, sem limite de capacidade. "Estou muito feliz que isto acabe. É bom para a vida na cidade, a vida noturna, poder sair por mais tempo", disse à AFP Thea Skovgaard, estudante de 17 anos.
A maioria da população apoia a estratégia, após dois anos de pandemia: 64% dos dinamarqueses confiam na política de saúde do governo, conforme pesquisa publicada na segunda-feira (31) pelo jornal Politiken.
As únicas restrições na Dinamarca vão afetar os viajantes não vacinados que chegarem ao local vindos de países que não integram o espaço Schengen.
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Covid-19 na Dinamarca
Mesmo com a flexibilização quase total, a Dinamarca registra entre 40.000 e 50.000 contágios diários. Trata-se de um nível recorde, que representa quase 1% dos 5,8 milhões de habitantes do país.
"Temos um número extremamente elevado de adultos vacinados com as três doses. É o nosso segredo", afirma a epidemiologista Lone Simonsen, professora da Universidade de Roskilde, perto da capital do país, Copenhague. Mais de 60% da população da Dinamarca já recebeu a dose de reforço. No restante da UE, a taxa é inferior a 45%.
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Incluindo-se os casos recentes de covid-19, as autoridades de saúde calculam que 80% da população está protegida contra as formas graves da doença. No entanto, segundo uma responsável da Autoridade Dinamarquesa de Controle das Doenças Infecciosas (SSI), o desaparecimento das restrições coincide com o pico de casos na região de Copenhague, a mais afetada da Dinamarca.
Com um nível hospitalizações em UTIs inferior ao das ondas anteriores, vários países europeus, como França e Reino Unido, anunciaram uma redução considerável, ou mesmo a suspensão, da maioria das restrições. O nível de contágios segue, porém, elevado.