Eu não sei se o leitor vai se recordar, mas quando ainda era interino na Saúde, o general Eduardo Pazuello virou motivo de chacota nas ruas, nos quartéis, e foi debochado nas redes sociais quando fez um discurso sustentando que o Norte e o Nordeste já tinham passado a fase crítica da pandemia do coronavírus, segundo ele, por que tanto o Norte como o Nordeste representavam o Hemisfério Norte. Só faltou o general do Exército dizer que em algumas épocas o ano, o Recife tinha parques de esquiar na neve.
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Meses depois, a crise é ainda mais grave, o número de pessoas infectadas pelo vírus e a quantidade de brasileiros que perderam a vida não param de crescer e os hospitais em Manaus, no Amazonas entram em colapso. Não tem oxigênio e o governo brasileiro está apelando aos Estados Unidos para transportar cilindros de oxigênio para a capital amazonense.
Efetivado no cargo, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, volta a dar demonstrações que faltou às aulas mais elementares de geografia, assim como já havia mostrado pouca habilidade para controlar os estoques de seringa e agulha para o início da vacinação.
Nesta quinta-feira, Pazuello, assim sem a menor cerimônia, disse que além da falta de infraestrutura e de um tratamento precoce contra o vírus, o que mais contribuiu para o aumento do número de casos no Amazonas é que Manaus é uma ilha na floresta amazônica e por está longe de tudo e de todos, tem um custo logístico que precisa ser levado em conta.
Se você não entendeu nada do que disse o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, eu resumo: o general não tem a menor ideia do que está dizendo, não sabe nada de fator climático e em vez de assumir a responsabilidade da falta de atendimento aos pacientes, afirma que Manaus “é uma preciosidade para o nosso país e ser mantida ali [no meio da floresta], há um custo pra isso”, afirmou o ministro da Saúde.
Enquanto Pazuello dava esfarrapadas desculpas para a inoperância do governo, pacientes eram transportados de Manaus para Brasília, onde hospitais públicos e particulares estão se revezando para receber pessoas do Norte do país infectadas pelo vírus.
Pense nisso!
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