Trânsito, transportes e mobilidade urbana, com Roberta Soares

Mobilidade

Por Roberta Soares e equipe
COLUNA MOBILIDADE

Protesto de motoristas de aplicativo, como Uber e 99, por aumento nas tarifas trava trânsito no Grande Recife

As baixas tarifas cobradas desde que o serviço chegou ao Brasil e os sucessivos reajustes dos combustíveis são as principais reclamações

Cadastrado por

Roberta Soares

Publicado em 29/03/2022 às 9:36 | Atualizado em 29/03/2022 às 11:31
Motoristas de aplicativos como Uber e 99 protestam no Recife em conjunto com entregadores de iFood e Rappi - ALCIDES NUNES / JC IMAGEM

Por conta da crise dos aplicativos de transporte individual privado de passageiros, como Uber e 99, motoristas realizam um protesto na manhã desta terça-feira (28).

As baixas tarifas cobradas desde que o serviço chegou ao Brasil, entre 2014 e 2015, e os sucessivos reajustes dos combustíveis são as principais reclamações.

Entregadores por app, como Ifood e Rappi, também participam do movimento. A intenção, inclusive, é pressionar as plataformas com a redução da oferta de pelo menos 50% do serviço durante a manifestação.

Na capital pernambucana, a concentração começou às 7h, em frente ao Classic Hall, na faixa local da Avenida Agamenon Magalhães, quase no limite com a cidade de Olinda.

De acordo com o presidente da Associação dos Motoristas e Motofretistas por Aplicativos de Pernambuco, Thiago Silva, a partir das 10h, a categoria sairá em carreata até a sede da empresa Uber, no Paço Alfândega, no Bairro do Recife, área central da capital.

Motoristas de aplicativos como Uber e 99 protestam no Recife em conjunto com entregadores de iFood e Rappi - ALCIDES NUNES / JC IMAGEM
Motoristas de aplicativos como Uber e 99 protestam no Recife em conjunto com entregadores de iFood e Rappi - ALCIDES NUNES / JC IMAGEM
Motoristas de aplicativos como Uber e 99 protestam no Recife em conjunto com entregadores de iFood e Rappi - ALCIDES NUNES / JC IMAGEM
Motoristas de aplicativos como Uber e 99 protestam no Recife em conjunto com entregadores de iFood e Rappi - ALCIDES NUNES / JC IMAGEM
Motoristas de aplicativos como Uber e 99 protestam no Recife em conjunto com entregadores de iFood e Rappi - ALCIDES NUNES / JC IMAGEM
Motoristas de aplicativos como Uber e 99 protestam no Recife em conjunto com entregadores de iFood e Rappi - ALCIDES NUNES / JC IMAGEM
Motoristas de aplicativos como Uber e 99 protestam no Recife em conjunto com entregadores de iFood e Rappi - ALCIDES NUNES / JC IMAGEM
Motoristas de aplicativos como Uber e 99 realizam protesto no Recife - DIVULGAÇÃO

Thiago Silva diz que a ideia não é prejudicar a mobilidade, mas, como tomarão uma faixa da avenida, o trânsito no local, já conturbado, deve ficar ainda mais complicado.

"Realizamos uma mobilização pacífica, sem obstrução de vias, com objetivo de chamar atenção da sociedade e das empresas, mas sem comprometer a mobilidade, algo que defendemos. Um protesto sem prejudicar a população", disse.

Ele estima que cerca de 100 carros devem sair em carreata. Batedores da CTTU e a Polícia Militar estão no local.

"A gente está aqui concentrado, lutando por melhores tarifas nas plataformas, por causa das dificuldades que os motoristas vêm enfrentando. As empresas não repassam reajuste há muito tempo e os motoristas têm sofrido muito, sobretudo com o aumento absurdo nos combustíveis, fazendo com que a gente passe por severas dificuldades financeiras, trabalhando 12, 15 horas e, mesmo assim, sem conseguir levar o sustento para a casa", disse Thiago.

NACIONAL

No País, a previsão é de manifestações em diversas cidades, entre elas Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.

As plataformas, como Uber e 99, estariam pagando aproximadamente R$ 1 por quilômetro percorrido e tempo, enquanto ganham valores que, em percentuais, chegam próximo dos 50% do valor de uma viagem.

“Veja o absurdo: mesmo com a gasolina custando R$ 7,19, ainda temos viagens de R$ 5,50. Como pode uma viagem custar menos que o valor do litro de gasolina?. Essa conta não fecha”, questiona o motorista.

A Amape defende o ganho mínimo de R$ 10 e que exista algum índice que possa reajustar o valor do serviço, corrigindo distorções e acompanhando o aumento de preço do principal insumo que os profissionais usam, que é o combustível.

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