NEGOCIAÇÃO

Anderson Torres busca acordo de delação premiada para evitar pena mais severa

Ex-ministro de Bolsonaro, Anderson Torres está preso desde o mês de janeiro

Rodrigo Fernandes
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Rodrigo Fernandes
Publicado em 07/04/2023 às 11:52
ISAC NOBREGA/PR
Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, está preso após atos golpistas em Brasília - FOTO: ISAC NOBREGA/PR

O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, Anderson Torres, demonstrou interesse em firmar acordo de delação premiada para evitar uma pena mais severa pelos crimes pelos que responde na Justiça. A informação é do Correio Braziliense.

De acordo com a reportagem, o também ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal teme ficar preso por muitos anos e perder o cargo público de delegado.

Torres está preso desde o dia 14 de janeiro, suspeito de envolvimento na invasão criminosa às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

DELAÇÃO PREMIADA DE ANDERSON TORRES

A delação premiada de Torres estaria ligada às recentes denúncias de que ele teria envolvimento nas operações de fiscalização do transporte coletivo no dia do segundo turno das Eleições 2022, em outubro.

Nos últimos dias, a Polícia Federal identificou um documento produzido pela então equipe do ministro que continha um mapa detalhado dos locais onde Lula havia vencido no primeiro turno.

A corporação também identificou que Torres visitou a superintendência da PF na Bahia às vésperas da segunda etapa da votação. A suspeita é de que ele tentou persuadir a PF no estado para atuar junto à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e impedir a chegada de eleitores de Lula às zonas de votação.

Segundo as apurações da PF, Torres solicitou o aumento das operações de fiscalização do transporte coletivo de eleitores, especialmente na região Nordeste. No dia da votação, diversos vídeos de operações de trânsito em cidades nordestinas circularam nas redes sociais.

Agora, Torres cogita apontar outros responsáveis pela articulação nas operações da PRF no segundo turno, podendo, inclusive, apontar possível envolvimento do próprio Jair Bolsonaro, então candidato à reeleição.

Ao Estadão, a defesa de Torres negou que ele estivesse negociando acordo de delação premiada.

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