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PT e PL unidos pela cassação de Sérgio Moro

Partidos de Lula e Bolsonaro vão recorrer no TSE contra a rejeição da cassação de Moro no TRE do Paraná

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 10/04/2024 às 7:08 | Atualizado em 10/04/2024 às 7:38
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O PT de Lula e o PL de Bolsonaro estão unidos em prol de um único objetivo: os advogados das duas legendas vão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da decisão do Tribunal Regional do Eleitoral (TRE) do Paraná que formou maioria contra a cassação de Sérgio Moro (União Brasil).

Ontem, o TRE rejeitou o pedido de cassação de Moro por suposto abuso de poder econômico e caixa dois nas Eleições 2022. O placar foi de 5 a 2 pela absolvição do senador.

Em entrevista à CNN, o advogado da federação PT/PV/PCdoB, Luiz Eduardo Peccinin, e o representante da defesa do PL, Bruno Cristaldi, afirmaram que vão recorrer no TSE, já que cabe recurso na instância superior.

O PT tem como motivação óbvia a relação entre Lula e Moro iniciada na Operação Lava Jato. Já o PL ainda relembra os entraves ocorridos entre o senador e o ex-presidente Bolsonaro, de quem ele foi ministro da Justiça.

Embora nos corredores de Brasília circule a informação de que Bolsonaro e seus aliados teriam pedido que o PL não recorresse da decisão, o advogado Bruno Cristaldo disse que "não existe nenhuma orientação do partido no sentido de não recorrer em caso de improcedência da ação”.

Caso o TSE se manifeste a favor da cassação de Sérgio Moro, seriam determinadas novas eleições para ocupar a vaga deixada por ele.

Entenda o julgamento

Sérgio Moro é alvo de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) e pode ter o mandato cassado no Senado. Ele é julgado por abuso de poder econômico na pré-campanha eleitoral de 2022, arrecadação e gastos eleitorais ilícitos e mau uso dos meios de comunicação.

Caso seja condenado, ele também pode ficar inelegível por oito anos.

Um dos processos é movido pelo Partido Liberal (PL), partido de Bolsonaro, e outro pela Federação Brasil da Esperança, que integra PT, PCdoB e PV.

De acordo com os partidos, os supostos abusos praticados por Moro teriam iniciado antes do período eleitoral, quando moro se filiou à presidência da República pelo Podemos. Na época, ele retirou a candidatura e migrou para o União Brasil, desejando disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados por São Paulo.

Diante do indeferimento da transferência de domicílio eleitoral, na época, Moro passou a pleitear a vaga de senador pelo Paraná. Segundo os partidos, os gastos de pré-campanha de Moro seriam “desproporcionais” e “suprimiram as chances dos demais concorrentes” ao Senado no Paraná.

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